segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O apagão Espiritual de nossas Igrejas



O apagão Espiritual de nossas Igrejas

Hoje, muitas igrejas estão vivendo um grande apagão. Não falo do ocorrido no final de ano passado (2009) que deixou grande parte do Brasil na escuridão, mas sim da lâmpada que ilumina e que paulatinamente tem sido retirada da Igreja: “A Tua Palavra é lâmpada para guiar os meus passos,é luz que ilumina meu caminho”(Salmos 119,105.
Conforme a declaração das Igrejas Batistas, a Palavra de Deus é a autoridade absoluta em questões de fé (isso inclui a prática eclesiológica)e de vida. Ela serve para reger ou guiar o cotidiano da igreja,bem como seus membros, no glorificar a Deus. No entanto muitas igrejas estão se afastando dos ensinamentos da Palavra de Deus e absorvem valores contemporâneos que destroem a fé.
Relativismo- O primeiro desses valores que prejudicam a fé é o Relativismo, que diz que as verdades religiosas (não somente elas, mas as verdades morais,políticas,científicas, etc)são produtos de valores de uma época, de uma cultura. Assim elas variam conforme o grupo social. O que era moralmente errado na época dos não é hoje. Tudo é relativo!
Subjetivismo- O segundo valor é o subjetivismo, que preconiza que a validade da verdade é limitada ao sujeito que conhece e julga. Segundo essa linha de pensamento, a verdade é individual. Cada sujeito teria a sua verdade. A verdade é subjetiva. Vale lembrar o dito de Jesus “Santifica-os na verdade, a tua Palavra é a verdade (João17,17). Jesus cria na verdade objetiva.
Pragmatismo- O terceiro é o pragmatismo, segundo o qual o que importa é a funcionalidade. O correto é aquilo que funciona e satisfaz. As idéias e atos de qualquer pessoa somente serão verdadeiras se servem a solução imediata de seus problemas. Neste caso, toma-se a verdade pelo que é útil naquele momento exato, sem considerar as conseqüências. Segundo William James (fundador do Pragmatismo), “se as idéias teológicas provam que têm valor para a vida concreta, são verdadeiras, pois o pragmatismo as aceita, no sentido de serem boas para tanto. O quanto serão verdadeiras dependerá inteiramente de suas relações com as demais verdades, que têm, também de ser reconhecidas”.
Esse afastamento da Palavra de Deus tem influência direta no culto. A verdade tem sido paulatinamente trocada pela funcionalidade. Caso a igreja cresça isso é que importa, pois os fins justificam os meios. Isso é a verdade. No culto muitas são as atrações: Corais, Bandas, peças teatrais, testemunho, revelações, videoclipes e até lutas marciais (recentemente motivo de reportagem do Jornal Americano “The New York Times”, etc. No meio de tudo isso fica uma pergunta: Onde fica a pregação da Palavra de Deus? A pregação da Palavra muitas vezes se resume a 15 minutos de fama. E quando supostamente se revindica o tempo devido a pregação no culto ela é desperdiçada com experiências pessoais.
Precisamos entender que sem a pregação da Palavra de Deus, não há edificação da igreja. Meus amados irmãos sigam o conselho do grande reformador João Calvino “A Palavra que deveria brilhar sobre todas as pessoas como lâmpada foi retirada de nós. O único modo de trazê-la novamente é por meio genuína pregação da Palavra”.
Muitas igrejas vivem a síndrome do algo mais. É necessário algo mais para motivar, para atrair. A Palavra de Deus deixou de ser suficiente. O Salmo 19 diz que “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”. Isso significa que ela é suficiente para satisfazer a alma do ser humano. Ela tem todos os recursos que nos possibilitam viver uma vida abundante em Cristo. Não podemos permitir que o modo de vida contemporâneo relativize a Palavra de Deus, que é viva e eficaz (Hebreus 4,12) e permanece para sempre (Mateus24,35). Em tempo de confusão devemos voltar para a Palavra de Deus para ver se as coisas são assim mesmo. Esta atitude denota a nobreza da Fé (Atos17,11). É preciso trazer novamente às igrejas a lâmpada que ilumina e mostra o caminho, que oriente e protege o povo de Deus (Salmos 119,105). Fora da orientação bíblica vivemos num lago congelado de casca fina, sem segurança e sem estabilidade (aproprio-me da analogia do sociólogo Zygmunt Baumam fez da frase de Ralph W. Emerson – “Quando patinamos sobre gelo fino, nossa maior segurança está na velocidade” – para ilustrar a instabilidade do mundo pós-moderno).
Gritemos com toda a convicção que a Bíblia é a autoridade absoluta em nossas igrejas e em nossas vidas. Apropriemo-nos de suas promessas,de suas verdades, de suas orientações e de seu poder transformador (Romanos 1,16). É essa apropriação que faz a grande diferença em nossa existência. Que o Senhor nos dê um bom entendimento de sua Palavra.
Baseado no artigo do OJB, escrito pelo Pr. Paulo N. Júnior.

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