terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

AUTORIDADE PASTORAL

AUTORIDADE PASTORAL




Por David Cloud (excelente seu site, http://www.wayoflife.org !), traduzido por Luis Henrique L’Astorina




O QUE SEGUE SÃO VERDADES BÍBLICAS SOBRE A AUTORIDADE PASTORAL

1-) Existem certos homens nas Igrejas chamados “presidentes” e supervisores (Atos 20:28; 1 Tessalonicenses 5:12; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1; Tito 1:7).

Estes versos ensinam que aqueles quais Deus chama de pastores (o mesmo oficial também é chamado de ancião e de bispo) têm autoridade sobre as assembléias. Outros Cristãos são submissos à sua autoridade. Os pastores estão sobre o Cristão, no Senhor.

Quando eu honro e me submeto a eles, eu não estou me submetendo simplesmente a um homem; eu estou me submetendo ao Senhor e ao Sumo Pastor da Igreja. Muitas mulheres poderiam compartilhar conosco histórias horríveis de como seus maridos abusaram da autoridade deles. Permanece o fato que Deus deu autoridade aos maridos dentro do lar. Quando a esposa se submete ao seu marido, ela não está submissa simplesmente ao homem, com seus muitos pecados e suas fraquezas morais; ela está sendo submissa ao Senhor Deus (Efésios 5:22).

Abusos de autoridade pastoral não negam o fato de que a Bíblia nos diz que Deus tem dado autoridade aos pastores, e não nega o fato de que a Bíblia exige que estejamos submissos aos que Deus chama “pastores”. Contudo, em casos nos quais um Cristão está sob a influência de uma situação pastoral abusiva e não conforme às Escrituras, ele ou ela devem manter um espírito apropriado e atitude de estima e consideração à autoridade pastoral. Ele deverá deixar a Igreja se necessário, e encontrar uma Igreja espiritualmente saudável que seja liderada por homens de Deus, e juntar-se à ela e submeter-se à autoridade que Deus deu a eles.

Um Cristão deve cuidadosamente guardar seu espírito para não tornar-se uma pessoa desagradável. Ele deve examinar-se a si mesmo diante do Senhor para estar certo de que não é um rebelde para com a autoridade dada por Deus. Algumas vezes pensamos que o problema é daqueles que impõe as regras sobre todos, quando na realidade o problema é de nosso próprio espírito irredutível com preconceitos.

2-) Líderes da Igreja são chamados por três diferentes termos (pastor, ancião e bispo), mas os termos referem-se a diferente aspectos do mesmo ofício; assim a forma hierárquica de governar a Igreja com lugares para bispos acima de anciões, não é Bíblica

3-) Cada Igreja deve ter seus próprios líderes e governo (Tito 1:5; Atos 14:23). Desde que isto está claro no N.T. , qualquer forma externa de controle sobre as Igrejas não é Bíblica, e é perigosa.

4-) Cada pastor é supostamente ordenado por Deus e, de acordo com as Escrituras, é qualificado (Atos 14:23; 1 Timóteo 3; Tito 1). Igrejas do N.T. não são lideradas por homens não ordenados ou por homens que não têm todo o trabalho de um pastor.

Cada pastor é suposto ser um ensinador e um observador das regras (Atos 20:28; 1 Timóteo 3:2; Tito 1:9-11; 1 Pedro 5:1-2).

5-) Diáconos nunca são mencionados com o ofício de reger ou supervisionar as Igrejas. O diácono é um servo, não um dirigente.

Governo da Igreja através de um diácono não é Bíblico, e isto tem causado muitos danos nas assembléias.




A EXTENSÃO DA AUTORIDADE DO PASTOR

Se a responsabilidade implica em uma autoridade correspondente, o que é verdade, podemos ter a clara idéia das áreas e extensão da autoridade pastoral apenas considerando a sua responsabilidade dada por Deus sobre a Igreja.

Existem 3 grandes áreas de responsabilidade pastoral, com a respectiva autoridade:

a- Um pastor tem a autoridade e responsabilidade de ensinar e pastorear a Igreja (Atos 20:28; Efésios 4:11-12; 1 Tessalonicenses 5:12; 1 Pedro 5:1-4)
Pastores, portanto, têm a autoridade para governar todos os aspectos de tal ministério. Eles devem ter a decisão final concernente ao que está sendo ensinado e por quem, e devem julgar todas as coisas que são ensinadas para ter certeza que são corretas (1 Coríntios 14:29 ).

b- Um pastor tem a responsabilidade e autoridade para proteger a Igreja de falsos ensinos (Atos 20:28-31; 1 Coríntios 14:29; 1 Timóteo 4:1-6; Tito 1:9-13)
Pastores têm a autoridade e responsabilidade dada por Deus para determinar o que está sendo ensinado e por quem, bem como proibir os Cristãos de envolverem-se com falsos ensinos, tais como estudos Bíblicos conduzidos por professores que ensinam erradamente, encontros nos quais doutrinas e práticas não Bíblicas são promovidas, etc. Isto inclui também o ministério de música da Igreja, porque a música é também uma forma de ensino (Efésios 5:19).

c- O pastor tem a responsabilidade e autoridade para supervisionar todo o trabalho da Igreja (Atos 20:28; 1 Tessalonicenses 5:12; 1 Pedro 5:1-2)
A posição do pastor de supervisionar a Igreja é similar à de um gerente ou supervisor em uma empresa qualquer. Ele não tem que fazer todo o trabalho do ministério – todo Cristão deve estar ocupado no trabalho de Cristo – mas o pastor deve supervisionar todo o trabalho. Existe uma ampla rebelião e resistência contra a autoridade pastoral hoje em dia. Isso é o produto da natureza humana caída. O “velho homem” odeia autoridade; ele não suporta ter governo de ninguém sobre si. Mas a autoridade pastoral é dada por Deus, e aquele que resiste ao pastor de Deus, no seu trabalho de liderar a Igreja de acordo com a Palavra de Deus, irá responder a Jesus Cristo por essa insubordinação. Ouça a Bíblia:
“Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil” (Hebreus 13:17).





LIMITAÇÕES À AUTORIDADE DO PASTOR

Um pastor apenas tem autoridade tal como delegada por Deus a ele. Cristãos nunca são orientados a se submeterem cegamente aos líderes da Igreja, mas submeterem-se aos verdadeiros homens chamados por Deus, os quais estão liderando de acordo com a Palavra de Deus. Como o Apóstolo Paulo disse, “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” (1 Coríntios 11:1).

Paulo poderia exigir que outros seguissem a ele porque ele estava seguindo Cristo e era cheio de fé pregando a mensagem que lhe foi dada por Cristo. À parte disso, contudo Paulo não tinha autoridade. Ele avisava as Igrejas da Galácia que se ele pregasse outro evangelho, eles deveriam rejeitá-lo (Gálatas 1:8). Cristãos deveriam rejeitar o ministério de qualquer homem que não possua as seguintes qualidades:



1-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA NA MENSAGEM QUE ELE PREGA. (Hebreus 13:7).

Instruir Cristãos para submeterem-se àqueles que têm falado a Palavra de Deus. A autoridade do pregador está na Palavra de Deus e não em suas próprias palavras e desejos. Se um pastor ou professor afasta-se da Bíblia, seus ouvintes deverão não segui-lo; ele então afastou-se de sua autoridade (Atos 17:10-11; 1 Tessalonicenses 5:21).

2-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA EM SEU CHAMADO POR DEUS (Atos 20:28).

Os anciãos da Igreja em Éfeso foram apontados pelo Espírito Santo. Essa é a base fundamental para a autoridade espiritual. Cristãos são apenas para submeter-se aos homens que deram plena evidência que eles são chamados por Deus.

3-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA NA VIDA QUE ELE VIVE

Hebreus 13:7 diz; “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a Palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para sua maneira de viver.” Isto nos fala de seu modo de vida. Se um homem é um hipócrita, se ele não pratica em sua vida diária o tipo correto de vida Cristã, ele não tem autoridade para liderar outros.

4-) A AUTORIDADE DO PASTOR ESTÁ BASEADA NO TRABALHO QUE ELE FAZ

1 Tessalonicenses 5:12-13 refere-se àqueles quem estão sobre nós, no Senhor, e requere que nós “os estimemos em grande amor por causa de sua obra...” Um ministério de um homem espiritual deve ser de acordo com a Palavra de Deus, ou ele cessará de ter autoridade sobre os demais.





CARACTERÍSTICAS ESPIRITUAIS DA AUTORIDADE DO PASTOR

A autoridade exercida por um pastor, missionário, ou outro líder da Igreja, é para ser distintivamente diferente daquela exercida por líderes no mundo secular (1 Pedro 5:3; Marcos 10:42-43).

I- ISTO É UMA AUTORIDADE MINISTRADA – A AUTORIDADE DE UM PASTOR (Atos 20:28; 2 Coríntios 13:10; 1 Pedro 5:2)

A autoridade de um pastor é para o propósito de construir e proteger o povo e a obra de Deus.

II- ELA É AUTORIDADE SUBMISSIVA E HUMILDE — A AUTORIDADE DE UM CUIDADOR (Marcos 10:42-45; 1 Coríntios 3:9; 4:1; 12:7; Tito 1:7; 1 Pedro 4:10; 5:3-5)

O pastor deve presidir sob a direção do Senhor Jesus Cristo, não pela sua própria mente ou vontade. A Igreja é propriedade de Deus, as pessoas são pessoas de Deus; a obra é a obra de Deus. Ele é meramente um cuidador ou ajudador. Contraste isto com o ministério de orgulho, de Diótrefes (3 João 9-10).

III- ELA É UMA AUTORIDADE DE AMOR—A AUTORIDADE DE UM PAI (1 Tessalonicenses 2:7-11)

O pastor é para ter uma amorosa, gentil, tenra, sacrificial consideração pela felicidade e segurança geral do povo. Seu presidir não deve ser ser uma desagradável ditadura tirânica sobre outros, isto é, um reger para servir a si mesmo.

IV- ELA É UMA AUTORIDADE LIBERADA—A AUTORIDADE PARA CONSTRUIR E NÃO PARA “AFUNDAR” (2 Coríntios 10:8; Efésios 4:11-12)





A DIFERENÇA ENTRE PASTOREAR E SER SENHOR

“Aos presbitérios que estão entre vos, admoesto eu, que sou também presbitério com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da gloria que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que esta entre vos, tendo cuidado dele, não por foca, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de animo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” (! Pedro 5:1-3).

Os pastores têm autoridade na Igreja, mas é um tipo diferente de autoridade exercida no mundo. Observe algumas das diferenças que seguem:

- pastores de acordo com a Bíblia amam o rebanho e lideram pela compaixão, mas aqueles do tipo senhores, tipicamente não gostam de ter compaixão; eles não encorajam; eles simplesmente exigem (1 Tessalonicenses 2:7-8).

- pastores conforme a Bíblia sabem que o rebanho não pertence a eles, mas pastores do tipo senhores sentem que possuem a propriedade do rebanho e assim podem controlar todos de acordo com sua própria vontade (1 Pedro 5:2-3 “rebanho de Deus” “ herança de Deus”)

- pastores de acordo com a Bíblia preocupam-se mais com o bem estar geral do povo do que com o seu próprio ganho, mas os do tipo senhores presidem para obter ganho pessoal e não têm receio de abusar do povo (1 Pedro 5:2)

- pastores conforme a Bíblia são humildes e não consideram eles mesmos maiores que o rebanho, mas os do tipo senhores exaltam a si mesmos acima de todo o povo (1 Pedro 5:2 “entre vocês” 1 Pedro 5:5)

- pastores de acordo com a Bíblia ajudam a edificar o povo e os libertam para fazer a vontade de Deus, mas pastores do tipo senhores querem controlar o povo e empurrá-los para baixo (Efésios 4:11-12; 2 Coríntios 10:8). A palavra grega traduzida “destruição” em 2 Coríntios 10:8 é também traduzida como “demolir” (2 Coríntios 10:4).

“Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes do gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; Mas entre vos não será assim; antes, qualquer que entre vos quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vos quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.” Marcos 10:42-45




Sugestões PARA OS PASTORES

1- Nunca esqueçam que as pessoas não lhe pertencem e que vocês darão conta pela maneira que as tratam (Atos 20:28; 1 Pedro 5:1-4; Tiago 3:1). Um pastor pode impor sua vontade sobre a Igreja em seu presente mundo, contudo ele está errado e pecando, porque não existe mais alta autoridade eclesiástica do que a assembléia; mas ele estará diante do Grande Pastor Chefe e será julgado por como ele agiu. Ele jamais devera esquecer disso.

2- Tratar o povo como você gostaria de ser tratado (Mateus 7:12). Pense um pouco atrás no tempo antes de você tornar-se pastor. Estaria você tratando o povo agora como você queria que seu pastor o tratasse ? Haviam coisas que o pastor fez que desencorajaram você mais do que edificaram, e você estaria repetindo aqueles mesmos erros em seu próprio ministério?

3- Tratar as pessoas com igualdade (1 Timóteo 5:21). Seja cuidadoso para não exercer favoritismo. Tratar o povo com imparcialidade, aplicar parâmetros iguais para com todos. Não deixe algum dos referenciais escorregarem quando os envolvidos forem seus "animaizinhos de estimação". Trate o povo com igualdade ao exercer a disciplina na Igreja. Não deixe ser ouvido que você foi severo com alguns na Igreja e não rigoroso com outros, em assuntos similares.

4- Almeje edificar o povo e então dar-lhes liberdade para fazerem a vontade de Deus (2 Coríntios 10:8). A obra do pastorado é semelhante ao relacionamento dos pais com os filhos. O alvo dos pais é a maturidade dos filhos, quando então eles deverão sustentar-se em seus próprios pés e fazerem suas próprias decisões diante do Senhor. O pastor deverá ter o mesmo alvo. Ele não deverá almejar fazer o povo depender perpetuamente dele.

5- Encoraje o povo a ter uma visão pessoal da vontade de Deus e trazer novas idéias para a obra do Senhor (Efésios 4:11-12). A única coisa que o pastor deverá desencorajar é o pecado e o falso ensino. Não deixe dizerem que o pastor desencorajou pessoas a terem uma visão da obra e exercitarem seus dons livremente, dentro das fronteiras das Escrituras.

6- Objetive produzir muitos lideres que irão trabalhar ao seu lado para multiplicar o ministério (Atos 13:1; 20:4). Em toda parte no N.T. vemos pluralidade dos obreiros e lideres, em Igrejas e trabalhos missionários. Pastores experientes não terão medo de compartilhar sua autoridade e ministério com outros homens de Deus pelos quais a obra do Senhor pode progredir muito.

7- Resistir à tentação de ser orgulhoso e de exaltar a si mesmo (Marcos 10:42-45). A posição de um pastor é dos menores. Ele tem autoridade mas ela é a autoridade de um servo servindo debaixo de um dono e senhor, e não a autoridade de um senhor em seu próprio direito.

8- Não tenha medo de liderar, mas esteja certo de que você está liderando pela Bíblia e não pela sua própria mente e tradição humana.

9- Não deixe sua autoridade para aqueles que não são pastores, tais como diáconos.

10- Não tenha medo de permitir a congregação compartilhar em algumas decisões (Atos 6: 5-6; Atos 15:22)






Sugestões PARA OS MEMBROS DA IGREJA

1- Dê ao pastor o benefício da dúvida e faça todas as coisas que você poder, para ser submisso e obediente membro da Igreja. A Bíblia usa linguagem muito forte sobre a submissão da Igreja à autoridade pastoral (Hebreus 13:17). Aquelas são fortes palavras. A menos dos pastores que lideram contrários à Bíblia em uma maneira muito clara e óbvia, o membro da Igreja deve submeter-se ao Senhor Deus. É como uma esposa sob o marido (Efésios 5:22). Toda esposa sabe que se ela submete-se ao seu marido, ela está submetendo-se a um homem muito imperfeito, mas ela não está simplesmente submetendo-se ao seu marido, mas ao Senhor que lhe deu aquele marido. Semelhantemente, o membro da Igreja não se submete meramente a um homem; ele submete-se ao Senhor que fundou o oficio de pastorado e quem tem colocado aquele homem na posição.

2- Esteja certo que vai estar lutando pelas Verdades das Escrituras e não por suas próprias preferências. Se eu penso que alguma coisa está errado na Igreja, eu devo perguntar para mim mesmo, “estaria a Bíblia claramente dizendo que isto está errado, ou é isto meramente alguma coisa que eu pessoalmente não gosto ou não concordo?” Muitos problemas de Igrejas não são por causa da clara citação Bíblica, mas por causa de conflitos de personalidade e vontade própria e a tentação de exaltar a preferência pessoal no lugar da Escritura.

3- Guarde seu coração e sua atitude. Nós estamos falando a verdade em amor (Efésios 4:15). Nós deveríamos ter uma cabeça fria e um coração quente, não um coração quente e uma cabeça quente! Quando nós atentamos para corrigir outros devemos guardar nosso próprio coração e fazer isto em espírito de mansidão (Gálatas 6:1). Em 2 Timóteo 2:24-25 descreve-se o espírito no qual nós estamos procurando corrigir outros: “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade,”. O evangelista Mel Reter poderia dizer; “ Seja firme como uma rocha na sua posição, mas doce como mel da rocha em sua disposição.” A diferença entre deixar a Igreja por causa de legítimo fato doutrinário, e deixá-la em rebelião contra a autoridade pastoral, será evidenciada em duas maneiras (Tiago 3:14-18).

- Primeiro, a diferença será evidente na atitude da pessoa. Contraste a pessoa desagradável e o conflito entre as partes, do verso 14, com a atitude amorosa descrita no verso 17: “..pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”
- Segundo, a diferença será evidente no fruto produzido por cada situação. Contraste o fruto do verso 16, que é a discórdia e confusão e toda obra maligna, com o fruto descrito no verso 18, que é “o fruto da justiça semeado em paz, para os que exercitam a paz”. A conseqüência irá demonstrar os segredos do coração e são opostas às coisas que são contra Deus e não Bíblicas; e quem deixar a Igreja por sua própria vontade e meramente por causa da carnalidade dela [da igreja], irá servir Jesus Cristo frutificando em Igrejas mais fortes. De outro lado aqueles que meramente contendem por suas próprias vontades, e aqueles que estiverem causando problemas de uma maneira carnal, usualmente pulam de Igreja em Igreja, para uma mais fraca. O fato que eles se mudam para uma Igreja é que mais fraca doutrinariamente e espiritualmente, demonstra que o caso não era, na verdade, sobre doutrina e justiça, mas era um conflito de personalidades, ou algo assim.

4- Mantenha seus olhos focados em Cristo ao invés de nos homens deste mundo.

“Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.” Hebreus 12:2. Alguns fiéis estão dizendo para carregar permanentemente “cicatrizes espirituais” por causa de estar em Igrejas que são lideradas por pastores que abusam de suas autoridades. Outros deixam a Igreja conjuntamente usando essa desculpa. O problema nesses casos é que tais pessoas têm seus olhos e sua confiança mais no homem do que em Jesus Cristo. O Senhor Jesus nunca nos desapontará, mas homens imperfeitos sempre irão nos desapontar de uma maneira ou de outra. Pastores são apenas homens imperfeitos no seu melhor ponto de vista. Eles cometem erros. Eles pecam. Eles podem ser egoístas e parciais e de visão curta.

5- Ore por seus pastores e outros líderes da Igreja. Orações fazem duas coisas; elas trazem mudanças, porque Deus responde e trabalha através delas; e elas também ajudam a manter meu coração amoroso e gentil em relação aos homens para quem eu estou intercedendo.

6- Não deixe qualquer coisa levar você para longe da Igreja. Existem ocasiões quando nós somos forçados a deixar uma certa Igreja com sérios erros morais e doutrinarias, mas nós não devemos permitir qualquer coisa manter-nos fora da Igreja. Jesus Cristo fundou a Igreja (Mateus 16:18), e existem mais do que 100 referências à Igreja no N.T. A maioria do N.T. foi escrito diretamente para as Igrejas, tais como a Igreja de Éfeso e a Igreja de Filipos. O livro do Apocalipse foi escrito para 7 Igrejas na Ásia Menor (Apocalipse 2-3). O livro de Atos é a história da plantação e multiplicação das primeiras Igrejas. As Epístolas Pastorais são sobre a obra da Igreja. Inclusive aquelas epístolas que não foram escritas diretamente para as Igrejas, sempre têm a assembléia em foco. O livro dos Hebreus, por exemplo, contém fortes declarações sobre a Igreja (Hebreus 10:25; 13:7; 17). O livro de Tiago menciona os anciãos da Igreja (Tiago 5:14). O livro de 1 Pedro é endereçado aos anciãos (1 Pedro 5:1-4). Isto demonstra a importância da Igreja nos olhos de Deus, e cada fiel deve ser diligente para ter o mesmo zelo pela assembléia em sua própria vida Cristã. É fácil criticar a Igreja, mas eu pergunto; “O que eu estou fazendo para a Igreja ter sucesso e frutificar para a glória do Senhor ?” Eu deveria também perguntar; “Se todas as Igrejas fossem [e fizessem] como eu, o que seriam todas elas ?” Algumas pessoas criticam todas as coisas, mas eles não adicionam nada de significativo no lado positivo. O que é um erro e destrói a obra do Senhor.

7- Não esqueça que não há Igreja perfeita. Inclusive as primeiras Igrejas fundadas pelos Apóstolos foram muito imperfeitas. A Igreja de Corinto era carnal e estava caracterizada pela divisão, fornicação, processos na justiça, bebedeiras durante a ceia do Senhor, mal uso dos dons espirituais, e falsos mestres. A maioria das sete Igrejas mencionadas em Apocalipse 2-3 tiveram sérios problemas. Na Igreja de Filipos duas mulheres tinham diferenças para com os demais e precisaram ser corrigidas (Filipenses 4:2). A hipocrisia de Pedro teve de ser repreendida severamente por Paulo (Gálatas 2:11-14). Paulo e Barnabé tiveram uma contenda e eles separaram-se um do outro (Atos 15:39). Isto não é uma desculpa para ignorar problemas e erros. Cada um desses assuntos foi repreendido e corrigido. Eu menciono estas coisas apenas para relembrar-nos que Igrejas não são perfeitas, porque elas são feitas de pecadores muito imperfeitos salvos pela graça; e nós devemos manter isto em mente ao tempo em que lidamos com os problemas da Igreja. Se você deixar uma Igreja por causa de conduta errada moral e doutrinária, você deverá ter uma melhor Igreja para mudar, ou você estará apenas mudando da “frigideira para o fogo.”

8- Aprenda a exercitar o discernimento espiritual, distinguindo entre o importante e o menos importante. Em Mateus 23:23 o Senhor Jesus Cristo ensinou que nem todas as coisas na Bíblia são de igual importância. Alguns ensinos Bíblicos são de “maior peso” que outros. Todas as coisas na Bíblia têm alguma importância mas nem todas têm igual importância. Nem toda a razão é uma razão de separação e nem toda razão é importante suficiente para deixar a Igreja. Para conhecer a diferença entre as coisas é necessário conhecimento da Palavra de Deus e discernimento espiritual. Esta é a lição de Romanos 15:14 e Hebreus 5:12-14. Tal discernimento requer maturidade espiritual, a qual vem apenas através de diligente estudo e através de exercício dos sensos para discernir o bem e o mal. Paulo disse para a Igreja em Roma que a razão que eles eram capazes de admoestar um ao outro era que eles estavam cheios com bondade e conhecimento (Romanos 15:14). Como maduros em Cristo e em nosso conhecimento das Escrituras e em vida padrão para o Senhor, estamos capazes de corrigir outros e de sermos uma benção para a Igreja sem causar mais danos que bênçãos.

9- Se você tem um problema ou questão, vá diretamente aos pastores ou à pessoa envolvida. Freqüentemente descobrimos que nossa percepção do assunto é errada ou que a informação que recebemos estava errada ou que nós não tivemos toda a informação. Pela discussão diretamente com quem de direito, no início, nós poderemos evitar “fazer uma montanha com um pequeno morro” e causar discórdia sobre nada.

10- Lembre-se que os pastores têm grande autoridade E grande responsabilidade na Igreja. Isto significa que eles devem tomar decisões que a média dos membros das Igrejas jamais terão que tomar, e que eles responderão a Deus por estas decisões. Há um tempo para deixar a Igreja devido coisas que estão seriamente erradas, mas nós devemos também aprender a colocar muitas coisas nas mãos de Deus e fazer aquilo que Ele disse para fazer, que é nos submetermos ao líder da Igreja e sermos uma bênção e frutificarmos. Não confunda seu trabalho com o do pastor. Você não tem a autoridade do pastor, nem você tem a obra do pastor (visitar doentes, enterrar os mortos, estar pronto para qualquer chamada, olhar pelas almas). E você também não tem a responsabilidade do pastor. Ele dará conta por muito mais (Tiago 3:1).

Isto tem me ajudado muitas vezes quando eu não concordo com alguma decisão que os pastores fizeram. Eu tenho deixado o assunto diante do Senhor e tenho dito a Ele que, embora eu não concorde com a decisão, não é minha a decisão, e eu deixo o assunto em Suas mãos e faço a minha parte de submeter-me e ser uma bênção para a Igreja, que é dEle.

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