segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mamãe eu sou Gospel




Mamãe eu sou gospel!
Renato Vargens

O impagável André "Reverbério" compôs uma canção extremamente inteligente satirizando o chamado movimento gospel. De forma descontraída André relata a história de um rapaz que comunica a sua mãe que virou um "crente gospel".
Pois é, essa coisa chamada gospel virou febre neste tupiniquim país! A consequência disso é que em nome da espiritualidade a fé bíblica-cristã tem sido comercializada de modo escandaloso. Em nome de Deus, a música e a adoração, passaram a ser vendidas como um produto qualquer em nossos templos. Cantores, cantoras em nome do ministério, estipulam valores altíssimos, para adorar aquele que é digno de todo louvor. Há pouco, soube de uma cantora famosa que cobrara "X" para cantar numa igreja, no entanto, a clausula contratual, afirmava claramente que se a igreja desejasse que ela cantasse canções do seu novo CD, o preço seria "Y".
Ah! quero lhe confessar uma coisa: Estou cansado dessa história de Gospel! Estou cansado de gente que se locupleta em nome de Deus! Estou cansado do mercantilismo evangélico, da prosperidade desprovida da ética, bem como dos profetas mercadores dessa geração. Que saudade da boa música, ministrada, cantada, com unção, cujo interesse era simplesmente engrandecer o nome de Deus! Que saudade, do louvor apaixonado, que brotava do peito dos adoradores como um grito de paixão e amor. Lembro de momentos maravilhosos onde a igreja prostrava-se em adoração ao Senhor da vida cantando músicas cujas as letras e melodia eram irrepreensiveis.
Ah! meu amigo, e o que mais me chama atenção, é que mesmo diante de tantas aberrações alguns continuam advogando a causa de que estamos vivendo momentos de um genuíno avivamento. Por favor responda sinceramente: Será? Que avivamento é esse, que não produz frutos de arrependimento? Que avivamento é esse que não muda o comportamento do crente? Que avivamento é esse que não converte o coração do marido a esposa e vice-versa? Que avivamento é esse que dicotomiza a relação entre pais e filhos? Que avivamento é esse que relativiza a ética? Que avivamento é esse que comercializa de modo adoecedor a glória de Deus?
Ora, alguma precisa ser feita, os valores do reino de Deus precisam ser resgatados, chega da fé mercantilista, chega da "gospelização" da vida!
Amados, mais do que nunca é imprescindível que reflitamos a luz da história sobre o significado e importância da Reforma. Acredito piamente que os conceitos pregados pelos reformadores precisam ser resgatados e proclamados a quantos pudermos, até porque, somente agindo desta forma poderemos sair deste momento preocupante e patológico da igreja brasileira.
Uma nova reforma Já!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

SAINDO DA ZONA DE CONFORTO


E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. (Mateus14,29)

Ao nos lermos o texto de Mateus capitulo 14-23-33, tirar algumas pérolas para a nossa vida diária, mas antes devemos entender o contexto em que a narrativa bíblica acontece. O Senhor Jesus havia acabado de suprir a fome espiritual e material de milhares de pessoas, por isso, como de costume ele se ausenta, precisa de um momento de silêncio, longe de tudo e de todos para se dedicar a oração e sobe ao monte à manda seus discípulos atravessarem para outra margem do Mar da Galiléia, ali ele tem um contato mais pessoal com as pessoas (ver VS. 22, antes de subir o monte para sua oração, e o fato de Jesus subir o monte, não há nada místico ou algum ensinamento com relação a “subir monte” para orar, era simplesmente a maneira com a qual Jesus poderia ter uma conversa intima com o Pai sem ser procurado, o nosso “monte” pode ser a Igreja, um quarto, um carro, nosso monte é qualquer lugar onde podemos ficar ligado intimamente com Deus, sem telefone para atrapalhar nossa intimidade, sem campainhas ou qualquer outra coisa que nos roube a atenção. Dada estas palavras introdutórias vejamos o que o Senhor tem para nós nesta bela passagem, a hora seria entre Três e seis da manhã (quarta vigília), o barco já está bem distante da margem, um vento forte e contrário bate violentamente contra o barco onde se encontra os discípulos, as ondas arremessam o barco de um lado para outro, de repente eles vêem um vulto findo sua direção, como medo se deixam levar pela fantasia, ou pelo pensamento da época e acham que é um fantasma que vem em sua direção, e como medo, tomados de pavor, não pela tempestade, pois eram pescadores e estavam acostumados com ela, mas pelo o inusitado de um homem que vem em sua direção andando sobre as águas, gritam de pavor, mas Jesus em sua doce vós fala Tende bom ânimo, sou eu, não temais. Jesus utiliza a mesma palavra usada em Êxodo 3:14, esta frade representa a divindade de Cristo. Pedro pede para ir ter com ele se realmente ela o Cristo e o Senhor o chama, mas devido ao medo ele começa a afundar nas águas e clama por Jesus que prontamente lhe estende a mão e lhe questiona sobre a fé, logo ambos entram no barco e a tempestade cessa e ficam todos pasmos e adoram ao Senhor e dizem: És verdadeiramente o Filho de Deus.
LIÇÕES PARA OOS NOSSOS DIAS:

I- NOSSA ZONA DE CONFORTO - Alguns sabem que o melhor lugar para se estar durante uma tempestade no mar e dentro de um barco e não fora dele nas águas, onde a correnteza pode nos tragar, o barco é nossa área de conforto, é o local onde muito de nós jamais queremos sair, temos medo de nos arriscar, temos medo de nos machucar, muito de nós ficamos conformados com a situação em que vivemos e até dizemos que isso é da vontade de Deus, eu creio que tudo que acontece é da permissão de Deus, mas também creio que muita coisa Deus permite que aconteça para o nosso crescimento espiritual e muitas das vezes não percebemos isso e deixamos de aprender no momento de dificuldade, onde o Senhor que derramar sobre nós bênçãos sem medida, quer forjar a nossa fé, quer transformar com em tatás vezes na história aconteceu, maldição em bênção, mas ficamos apavorados, petrificados e acomodados.

II- NÃO FAÇAMOS NADA SEM CUNSULTAR A DEUS – Pedro é um homem de fé, em meio a dificuldades ele sai de sua zona de conforto para ser confortado por Deus, ele sai do barco, assim como Deus às vezes nos chama para sairmos do conforto de nossas Igrejas para encontrar com ele lá fora, onde vidas estão sendo ceifadas por que faltam pessoas disponíveis para o trabalho que o Senhor nos convocou. Contudo, eu vejo aqui Pedro como um homem prudente e cheio de temor do Senhor, ele não daí do barco sem antes consultar a Deus “E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.” Só depois de ouvir o VEM! De Jesus ele vai, algumas vezes queremos fazer algo para Jesus, mas sem Jesus, e isto é um erro gravíssimo, pois como na parábola da videira nós somos apenas os ramos, sem Ele nada podemos fazer, devemos sair de nossa zona de conforto, mas precisamos ouvir o “VEM!” de Jesus, mas incorramos no mesmo erro de Saul que achando que poderia fazer sacrifício sem a autorização do Senhor conforme a narrativa de I Samuel capítulo 13.

III- ZONA DE CONFORTO - Pedro alheio a todo o pavor aos gritos de seus colegas ele houve a voz de Deus e vai ao encontro do Senhor, contudo as dificuldades do percurso o fazem desanimar na fé e acabam afundando, meus amigos leitores, quantas vezes nós não somos iguais a Pedro, começamos bem a obra, contudo devido aos “ventos” contrários ficamos desanimados e afundamos nos sonhos que Deus tem para nós, desistimos durante a peleja, nossa fé de esmorece, até temos a boa intenção de sair da nossa “zona de conforto”, mas damos ouvidos as pessoas que não querem ver a obra de Deus indo avante e damos, mas créditos a eles do que ao próprio Senhor, na experiência de Pedro, vejo neste momento de aflição, neste momento de crise ele clama o nome que é sobre todos os nomes, ele clama por Jesus e de imediato estende a sua mão nos ergue. Neste ponto não vejo Jesus repreendendo a Pedro, mas o pastoreando dizendo: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” Aqui faço a seguinte leitura até porque os verbos utilizados no Grego Koine (Grego da época dos escritos) me permitem fazer esta exegese, è como se o Senhor estivesse falando” Pedro você estava indo tão bem, ao contrário dos outros você ouviu a minha voz saiu do barco (Zona de Conforto) estava caminhando bem, estava vindo ao meu encontro, mas se deixou levar pelas circunstâncias, ora Pedro não duvide e, faço mais uma paráfrase nada pode mudar ou abalar a minha fé em Cristo, em trilhar o caminho até Ele.
CONCLUSÃO – Meus amados leitores saiam da nossa área de conforto, ouçamos o chamado de Jesus, não importe com as circunstâncias, continue andando ao encontro do Senhor, pois Ele é verdadeiramente o próprio Deus.
Que o Senhor nos abençoe.

Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso – Magé – RJ

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sendo Confrontado por Deus


A mulher respondeu, e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; (João 4:17)
Ao lermos o evangelho de João capítulo 4, 4-42 observamos a narrativa do encontro de Jesus com uma mulher samaritana, nos primeiros versos vemos Jesus saindo da Judéia e indo para Galiléia, entre estas duas cidades era necessário passar por Sicar que pode ser claramente entendida como Siquém (Gn. 33.19), está cidade era de Samaritanos que devido ao ocorrido quando da divisão do Reino, logo após o reinado de Salomão e depois sendo o reino do norte conquistado pelos assírios, houve uma mistura da raça, prática utilizada pelos assírios, quando Neemias vai ajudar na reconstrução dos muros de Jerusalém, os “samaritanos” são excluídos deste privilégio, pois haviam se corrompido espiritualmente. Daí o ódio racional e acepção de pessoas que ocorre entre os samaritanos e os judeus é o confronto da tribo do norte que só tivera reis ímpios e idólatras, com o reino do sul – Judá, o qual manteve a linhagem davídica e, por isso, a promessa messiânica. Dados estes esclarecimentos introdutórios vejamos o que a Palavra de Deus tem para os nossos corações neste encontro, que é o encontro do confronto do pecado com a maravilhosa graça de Cristo Jesus. Valho-me de alguns pontos para o melhor entendimento dos leitores.
I – O CONFRONTO RACIAL –
Quando em sua jornada junto com os discípulos Jesus chega à entrada da cidade de Sicar Ele fica junto ao poço de Jacó e manda seus discípulos comprarem comida, pois no seu conhecimento divino, como Jesus-Homem-Jesus-Deus, o nosso Senhor estava à espera de uma mulher que necessitava urgentemente da libertação de sua alma, narra o texto que chegando a hora sexta, ou seja, ao meio-dia apareceu uma mulher para retirar água do poço, o interessante é lembramos que no deserto de Sicar naquele horário, ninguém saia para pegar água, pois o calor era muito intenso, contudo esta mulher escolhe exatamente este horário, para não ser confrontada com outras mulheres, Jesus inicia o diálogo pedindo água aquela mulher que cheia de rancor em seu coração e preconceitos, olha para Jesus e vendo a sua indumentária que o identificava com Judeus diz: “Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).” Observamos aqui o primeiro confronto que o Senhor faz aos nossos corações, quando somos convidados e levar o evangelho a pessoas que são diferente de nós seja racialmente ou culturalmente, nos abstemos da nossa missão de ser sal e luz, PIS não queremos sair do conforto de nossos templos, não queremos enfrentar o sol e a chuva para pregar a boa semente, pois achamos que diante de Deus nós somos melhores do que outra criatura e com isso esquecemos que Deus ama a todos, que Jesus morreu na cruz para remissão do pecado de todos os homens que venham a aceitá-lo como único, exclusivo e suficiente salvador, alguns de nós temos tornado as nossas igrejas em verdadeiros “Clubes Sociais” e quando a nossa consciência dói resolvemos doar alguma coisa para a comunidade, mas não queremos os que cheiram mal, os que não se vestem ou falam bem, que não possuam certo poder aquisitivo no nosso meio, eles não podem fazer parte do nosso “Clube Social”, afinal as poltronas são novas, os banheiros estão limpos e não queremos este “tipo de gente” circulando em nossa igreja, pois elas assustam os nossos visitantes.
II – O CONFRONTO DE IDÉIAS
Jesus procurando despertar na mulher o senso de necessidade pessoal e interesse pelas coisas espirituais, fala-lhe de uma dádiva melhor do que Ele lhe tinha pedido. Jesus desejava dar esta dádiva caso aquela mulher aceitasse voluntariamente, contudo a mulher se surpreende de que Jesus poderia se capaz de trazer água viva da fonte onde Jacó havia falhado no mesmo propósito. É assim que aquela mulher interpreta a “dádiva da água viva”; a misteriosa alusão de Jesus a água viva o conduz a anunciar a verdade que Ele mesmo mata a sede do homem para sempre, a água do poço de Jacó satisfaz apenas temporariamente, porém Ele pode dar a vida eterna que jorra na alma, satisfazendo cabalmente todos os desejos mais íntimos dos homens. A mulher samaritana entende que esta água que Jesus a oferecia, era uma mágica que iria fazer com que ela não se precisa voltar a pegar água no poço e assim ter conforto físico e evitar o confronto com outras mulheres da aldeia. Assim estamos alguns de nós hoje, buscando coisas perenes no lugar de coisas eternas, procurando um cristianismo que nos satisfaça aqui e agora, como se não fossemos peregrinos aqui nesta terra, agimos às vezes como que se Jesus não fosse voltar e queremos que Jesus nos dê carros novos e importados, casas enorme, quiçá cobertura em frente à praia, pois o que interessa é viver alucinadamente o presente, viver um consumismo irracional, e buscando igrejas em que seus “pastores” que nos confronte com o nosso pecado e nos leve a uma reflexão e em conseqüência ao arrependimento que nos faça querer voluntariamente e ardentemente beber da “água da vida” e sermos transformados por Cristo Jesus e sabermos que as aflições do presente tempo não podem ser compradas com glória que nos espera, é um confronto de ideais, é o confronto da comida que perece com o pão da vida que sacia a fome da alma e dá a cada um de nós a tranqüilidade e a paz que excede todo e qualquer entendimento. A mulher samaritana quando confrontado por Jesus em seus pecados ela tenta mudar o rumo da conversa, falando sobre adoração, pois Jesus havia tocado na sua ferida, naquilo que ele tentava esconder, naquilo que a fazia buscar água em um poço ao meio-dia, Jesus queria tira a “casca da ferida” para poder fazer um limpeza, tirar a parte purulenta para dar saúde aquela mulher. È isso que Jesus deseja fazer a cada um de nós Ele deseja cuidar de nossa alma.
CONCLUSÃO –
Após se confrontada Jesus fala que o Pai está à procura de verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e verdade, Jesus ao apresentar-se aquela mulher como o messias que pode saciar a nossa sede da alma, aquela mulher entende a necessidade urgente de levar as boas novas e nada poderia atrapalhar a sua missão, por isso ela deixa o cântaro que iria atrapalhar sua corrida e fala das maravilhas de Cristo aos moradores da aldeia que também desejam beber da Fonte de água viva e dizem (4:42) Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo. Meu amado leitor permita-se ser confrontado por Deus, sem preconceitos ou pseudos argumento e corramos para anunciar a Jesus Cristo o Autor e Consumador da Nossa Fé. Que Deus abençoe a todos.

Pastor Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso – Magé –RJ

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O Homossexualismo e a Igreja II


O Homossexualismo e a Igreja – Parte II

Ainda tratando deste assunto de grande relevância para os dias de hoje, creio que devemos ter um melhor preparo com relação ao AP (Aconselhamento Pastoral), é de mister que um bom líder esteja se atualizando, para que o ministério que o Senhor o deu, seja eficaz em sua comunidade, muitos de nós gastamos horas (e não acho errado, muito pelo contrário) preparando um sermão impactante, isto é bom, contudo não podemos negligenciar no AP. Neste artigo irei fazer algumas citações da obra de Collins, Gary R. – Aconselhamento Cristão:Edição Século 21.
Não é fácil aconselhar de maneira organizada e competente, principalmente diante dos fatos que são muito variados, as necessidades, imensas, e as técnicas de aconselhamento, muitas vezes são confusa e contraditória. Independente de qual tenha sido a sua formação, o pastor não tem o privilégio de escolher se vai ou não aconselhar os membros de seu rebanho, pois isto é inevitável que eles levem seus problemas até ele, em busca de orientação e de uma palavra de sabedoria. Não há como contornar isto, se ele permanecer no mistério pastoral. “A opção que ele tem fazer não é entre aconselhar ou não, mais sim entre aconselhar de maneira organizada e competente, ou fazê-lo de formar caótica e incompetente”, já dizia a muitos anos Wayne Oates. Temos que encarar o problema da homossexualidade como a “doença da Alma” e como bons despenseiros de Deus, ela deseja nos usar para a cura interior dessas almas perdidas que carecem de cuidado competente e misericordioso, não devemos lutar contra o homossexualismo apenas na esfera institucional, mas também devemos fazê-lo na esfera transcendental afinal o apóstolo Paulo, inspirado por Deus nos diz: (Efésios 6:12) - Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. É importante no trato deste grupo específico de uma maneira eficaz quando o conselheiro no AP presta uma assistência afetuosa, sensível, compreensivo, deve demonstrar interesse sincero e tem disposição para confrontar pessoas, mantendo uma atitude de amor. Certamente, Jesus Cristo é o melhor modelo de um “Maravilhoso Conselheiro” , cuja personalidade, conhecimento e habilidades capacitavam-no a dar assistência efetiva aos necessitados, pois Ele é Jesus Homem e Jesus Deus. A Igreja é lugar de cura, ela é uma comunidade terapêutica e não um clube como algumas pessoas tentam fazer, ou um monastério, a Igreja precisa urgente revitalizar o seu aspecto da comunhão, ou Koinonina, que envolvia o relacionamento comunitário entre os membros, a participação ativa de todos na expansão do evangelho e na edificação dos crentes. Dadas estas palavras introdutórias, voltemos a questão da evangelização deste grupo específico. Como se sente uma pessoa que luta contra seu homossexualismo? Nestas linhas está o depoimento real de um jovem estudante. “ O fato de eu me sentir mais atraído por homens do que pelas mulheres não foi opção minha. Se eu pudesse escolher,certamente gostaria de não ser uma pessoa que todos ou outros caras consideram um anormal. Quando percebi que sentia desejo sexual por rapazes, e não por garotas, fiquei completamente desesperado... Tive de enfrentar tudo isso sozinho. Nunca contei a ninguém sobre meu problema, pois tinha medo de ser rejeitado... Eu sou cristão desde os sete anos, e já tinha pedido a Deus para levar meu homossexualismo embora muitas vezes... “
As Causas do Homossexualismo
Apesar dos talvez milhares de estudos científicos sobre o homossexualismo, a verdade é que não se identificou nenhum fator isolado que possa causar o homossexualismo. Contudo podemos descrever algumas causas:
1- Relacionamento entre pais e filhos – A escritora cristã Elizabeth R. Morbely, em sua pesquisa, sugere que o homossexualismo não resulta de um relacionamento problemático com o progenitor do sexo oposto, mas sim de um defeito nas relações com o progenitor do mesmo sexo.
2- Relacionamentos Familiares - Descobriu-se que ocorre homossexualismo quando:
• A Mãe na confia em mulheres, ou tem medo delas, e ensina isso ao filho.
• A mãe não confia em homens, ou tem medo deles, e ensina isso a filha.
• O menino vive cercado de mulheres (mães, irmãs, tias), mas tem pouco contato com homens adultos e, assim, aprender a pensar e agir como menina.
• Pais que desejam uma filha, mas tiveram um menino, criam o garoto de forma que ele aja como menina. Situação semelhante ocorre quando os pais queriam menino, mas nasceu menina; em ambos os casos, a criança fica confusa sobre sua identidade e orientação sexual.
• O filho é rejeitado ou desprezado pelo pai e, portanto, se sente inadequado como homem e fica inseguro sobre o modo com os homens se relacionam com as mulheres.
• A filha é rejeitada pela mãe e, portanto, se sente inadequada como mulher e não consegue se relacionar bem com os homens.
• Pai e mãe têm medo de sexo, não gostam de discutir o assunto em casa ou condenam o sexo veementemente. Em qualquer um desses casos, a criança adquire uma visão distorcida do sexo e, por causa disso, tem dificuldade de se ajustar sexualmente.
• A mãe mima tanto o filho que ele fica preso por ela, não consegue se separar, e se convence que nenhuma companheira jamais poderá se comparar a ela. O mesmo ocorre com a filha em relação ao pai.


A lista poderia ser estendida, mas fica para um próximo artigo e que também iremos falar sobre o efeito do homossexualismo. Mas vamos ao ponto importante.
O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE HOMOSSEXUALISMO.
A Bíblia não diz muito sobre o homossexualismo, mas sempre que ela se refere ao assunto de maneira negativa, pois é evidente que os atos eróticos homossexuais são errado. Se a manifestação do homossexualismo é um pecado, o que podemos dizer sobre os pensamentos e sentimentos homossexuais em nosso AP?
No aconselhamento Pastoral (AP), começa com a nossa própria atitude. Se você faz piadas sobre homossexuais, aceita os estereótipos sem um olhar misericordioso ou conhece pouco do assunto, a sua ajuda será de pouca utilidade. Jesus amou os pecadores e os que eram tentados a pecar. Nós, que procuramos seguir seus passos, devemos fazer o mesmo. Senão temos compaixão pelos homossexuais declarados e pelas pessoas com tendência homossexual, precisamos pedir a Deus que nos dê compaixão. Se o homossexualismo é fundamentalmente um comportamento aprendido, como as evidências indicam, então podem ser desaprendidos. O comportamento homossexual é um pecado, com a Bíblia nos ensina e ela é, e deve ser a nossa regra de fé e prática então o perdão está a alcance do pecador, assim como o socorro divino pode mudar este comportamento, através do arrependimento e cura da alma. O processo de mudança não é fácil para o homossexual e seu conselheiro. Mas podemos ser otimista pois o Senhor diz: (Isaías 61:1-3) - O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado. Que o Senhor nos ajude e que tenhamos sabedoria do alto para está luta que está começando, mas sabemos que já somos vencedores através de Cristo Jesus, Autor e Consumador da nossa Fé. Até o próximo artigo.


Pastor Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso

quarta-feira, 17 de junho de 2009

E eu? O que ganho com isso?



por Renato Vargens
Este mundo pós-moderno se caracteriza por um estilo de vida hedonista aonde o que importa é satisfazer prioritariamente suas vontades, independente de que isso signifique atropelar conceitos e pessoas. Infelizmente as relações neste inicio de século XXI se fundamentam em trocas e barganhas onde o mais importante é descobrir o que eu posso ganhar e lucrar.
Em nosso país, é muito comum, ouvirmos dos lábios daqueles que nos relacionamos o que é que se pode ganhar com aquele tipo de atitude ou comportamento. Lembro que na década de 70 existia uma propaganda vinculada em rede de TV sobre uma marca de cigarro, na qual o ex-jogador da seleção brasileira Gérson era o protagonista. A propaganda dizia que comprar o cigarro em questão era vantajoso por ser melhor e mais barato que as outras marcas. E ao no final do comercial Gérson zombeteiramente dizia:"Você também gosta de levar vantagem em tudo, certo?”
Com o passar dos anos a propaganda captou um elemento de identificação que estava no imaginário popular. O jargão usado na época se transformou então naquilo que hoje denominamos de lei de Gerson, a qual passou a funcionar como mais um elemento na definição da identidade nacional e o símbolo mais explícito da nossa ética ou falta dela.
Por fatores dos mais diversos, a sociedade brasileira vem vivendo há muitos anos debaixo de uma enorme crise moral e relacional. E claro, como não poderia deixar de ser, a igreja evangélica também. Há pouco tempo, ouvi a história de um crente que ao ser reprovado no exame de uma auto-escola, recebeu a proposta por parte do examinador de pagar por fora R$ 50, 00, a fim de que o exame fosse refeito. Tal “irmão” sem titubeios prontamente aceitou, dizendo ser aquilo a uma grande benção de Deus, afinal de contas o que importa é não perder.
Diante deste triste relato sou obrigado a lhe perguntar: Será que os fins justificam os meios? Será que devemos dar um “jeitinho” em tudo para atingirmos os nossos objetivos? Será que sempre tenho que ganhar alguma coisa? Ora, claro que não. Entretanto, essa sociedade encontra-se tão adoecida, que práticas como esta, se entranharam em nossos hábitos e costumes, fazendo-nos achar que não existe nenhum mal em subornar alguém. Junta-se a isso o fato de que as relações interpessoais são egoístas, manipuladores e utilitárias. Na verdade, parece que vivemos debaixo de uma síndrome, onde o que é importa é prevalecer sobre o outro, independente de que para isso precisemos atropelar conceitos, princípios e vidas.
Como cristãos somos desafiados a não vivermos segundo as regras deste sistema. De maneira alguma podemos permitir que valores antiéticos e amorais conduzam nossas vidas. Na perspectiva bíblica jamais nos será permitido negociarmos o inegociável, nem tampouco, instrumentalizarmos as pessoas com vistas ao nosso sucesso pessoal. Os pressupostos do reino nos motivam a vivermos uma vida justa, reta e equânime, onde nem sempre ganhamos.

Soli Deo Gloria,

Renato Vargens

terça-feira, 16 de junho de 2009

Quando a esposa do pastor é tratada como pestinha e piolho.

O bispo da Igreja Universal Edir Macedo afirmou em uma palestra que algumas esposas de pastoras são como umas pestes ou piolhos. (1) Segundo Macedo uma das razões do fracasso do pastor é a esposa com que casou, e que algumas delas só servem para serem mulheres. Podemos ver o audio de Palestra aos "Pastores" no endereço http://www.youtube.com/watch?v=rtkhS8nl3Vs

Caro leitor, na minha opinião o conceito que este senhor tem da esposa do pastor é um dos mais absurdos que já ouvi em toda a minha vida.

Pois é, na minha caminhada cristã, tenho visto um número significativo de esposas de pastores, marcadas negativamente pela igreja. Na verdade, basta olharmos para os nossos arraiais evangélicos que perceberemos uma quantidade de mulheres de Deus, feridas e adoecidas emocionalmente em virtude da pressão do ministério pastoral do marido.

É muito comum em nossas comunidades cobrarmos das esposas de nossos pastores, atitudes e comportamentos perfeitos. Na verdade, para muitos é absolutamente natural, exigir de nossas irmãs, aquilo que comumente exigimos de nossos pastores. E é pensando assim, que boa parte do povo de Deus estabeleceu em nome da pseudo-espiritualidade, que as esposas de pastores, devam estar presentes no maior número de reuniões possíveis. Para tais pessoas, a mulher do pastor tem que ser apta a coordenar ao mesmo tempo crianças, ministério de louvor, além obviamente de sociedades femininas. Isto sem falar, que a educação dada aos filhos deve ser perfeita, ilibada; e que a sua postura e comportamento devem ser irrepreensíveis, culminando assim com o sorriso constante de alguém que não experimenta crises e problemas. Para piorar a situação, muitas igrejas têm vivido debaixo da tirania da imposição, onde todas as mulheres de pastores eminentemente devem ser ordenadas pastoras.

Queridos, cobrar das nossas irmãs, esposas de pastores, aquilo que Deus não lhes chamou para fazerem ou executarem é no mínimo perverso. É importante que entendamos que muitas delas foram chamadas por Deus, para exercerem um ministério cristão, no entanto, torna-se imprescindível que também entendamos que as mulheres, não foram por Deus chamadas para exercerem o ministério pastoral. Ora, o simples fato de exigirmos com que tais irmãs exerçam aquilo pelo qual não foram chamadas contribui significativamente para o seu adoecimento.
É de fundamental importância que compreendamos que a missão de ser auxiliadora do marido por si só já é dificílima. Isto sem contar o fato de que a esposa do pastor ainda carrega no bojo da vida a sublime missão de ser mulher, profissional, mãe e esposa!

Porque então colocar sobre nossas irmãs um peso que o Senhor não colocou?Minha oração é que o nosso Deus nos ensine a sermos equilibrados, bem como possuirmos bom senso, até porque, tais atributos tornam-se indispensáveis a uma comunidade rica e saudável.

Pense nisso!
Renato Vargens


A paz,

O senhor Edir Macedo, deve sofrer de uma sociopatia e o pior que está deixando muitos doentes, outro dia uma ovelha de nossa igreja me perguntou? "Pastor eu não entendo, sou um servo de Deus, busca andar segundo a vontade Dele e tudo para mim é difícil. Meu vizinho que tem uma vida toda torta entrou para a Igreja Universal do Reino de Deus e agora tem carro novo, uma boa vida, contudo continua levando a mesma vida torta, como o senhor me explica isso?" Respondi aquele jovem o que o Senhor Jesus nos ensina em 4 (Mateus 24:24) - Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. e ainda citei aquele jovem o que propôs Senhor na parábola narrada em Lucas 12,15-21. O pastor Renato foi muito felizem sua prontidão e avidez e usado pelo Senhor de uma maneira inteligente, rechaçou o infame Edir Macedo, na sua pavorosa reunião com pastores, que pode ser vista no youtube no endereço http://www.youtube.com/watch?v=rtkhS8nl3Vs. Creio que cada um de nós possamos estar sempre prontos a falar da razão da nossa fé, como o amado Pr. Renato o fez. E lembre-mo-nos o que o Senhor nos ensina a fazermos uma apologética cristã pois "o mal só triunfa quando o bem se cala" através de Tiago 4:17 - Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado. Omissão também é pecado. Que o Senhor continue iluminado o pastor Renato e sempre nos traga a uma reflexão.

Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro

Essa praga chamada teologia liberal

Essa praga chamada teologia liberal
por - Renato Vargens

Infelizmente existem inúmeros seminários teológicos neste país, que tem ensinado aos seus alunos conceitos absolutamente anticristãos. Tais seminários contrapondo-se a ortodoxia cristã admitiram em seu rol de professores, pessoas que negam a inerrância da Bíblia além de afirmarem que ela está repleta de mitos e lendas. Para estes, Adão e Eva não existiram. Na verdade, os liberais ensinam que ambos não passam de um símbolo para ensinar a humanidade que foi criada através da evolução. Se não bastasse isso, tais teólogos crêem que Jesus não fez milagres literais. Para eles, Jesus nunca teria andado sobre a água, nem tampouco multiplicado pães e alimentado uma grande multidão.

Quando ensinam a respeito do Espírito Santo o fazem de forma equivocada afirmando que o Espírito de Senhor não é um ser pessoal, mas sim a força e o agir de Deus. Além disso, paganizaram a Trindade Santa atribuindo-lhes gênero e sexualidade, afirmando através de seus ensinos que o Espírito Santo é a parte feminina de Deus.

Ao ensinarem sobre a ressurreição de Cristo, afirmam que tal fato não ocorreu, até porque, para estes, a mensagem central da Bíblia é a ressurreição de Jesus em nossos corações.

Caro leitor, infelizmente o número de pastores que relativizaram as Sagradas Escrituras em detrimento de uma teologia espúria se multiplica a olhos vistos. Sem sombra de dúvidas os conceitos liberais têm adoecido e sufocado o Corpo de Cristo, injetando no coração dos cristãos, valores que se contrapõem aos ensinos bíblicos.
Isto posto, creio que mais do que nunca necessitamos fazer da Palavra de Deus nossa fonte de fé. O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.
Em tempos difíceis como o nosso precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento, até porque, somente assim conseguiremos corrigir as distorções provocadas pelo liberalismo teologico que tantos males tem feio a igreja de Cristo.

Pense nisso!

Renato Vargens

segunda-feira, 15 de junho de 2009

DA ANSIEDADE A ESPERANÇA

O Salmo42 ao contrário dos primeiros que foram escritos por Davi, este escritos pelos Filhos de Core, traz um tema de profunda tristeza do salmista provocada pela exclusão, do Templo que simbolizava naquela época a presença visível de Deus, às vezes nos sentimos como o salmista, tristes achando que Deus está distante, ou que Ele não se importa conosco, senão vejamos o quadro que o salmista nos apresenta:

I- Anseio –

É o quadro de uma tímida corça que suspira audivelmente (bramar – gritar desesperadamente) da sede extrema (Joel 1:18-20) - Como geme o animal! As manadas de gados estão confusas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão perecendo. A ti, ó SENHOR, clamo, porque o fogo consumiu os pastos do deserto, e a chama abrasou todas as árvores do campo. Também todos os animais do campo bramam a ti; porque as correntes de água se secaram, e o fogo consumiu os pastos do deserto. Vividamente expressa o senso intenso e desejo e necessidade do salmista. Seu desejo é aproximar-se do Deus vivo, que é a fonte da água viva (Jeremias 2:13) - Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas. Ele relembra o tempo em que subia ao Santuário, pois como levita ele conduzia o povo, ele tem anseio pela comunhão com o próprio Deus (por favor, leia os versos 3-4) Esse desejo é evidente devido à perda de apetite e ás lagrimas freqüentes. Elas intensificada pela observação cética de outros homens, os seus inimigos ou companheiro, nos quais na maré dos acontecimentos a vicissitudes da vida provocou a perda da fé; ou talvez seus novos conhecidos do exílio (para nós hoje o exílio babilônica representa o que mundo nos oferece fazendo-nos tornar escravos do pecado) que simpatizavam com a sua perda, mas lamentavam o pelo fato dele confiar em Deus (Isto nos faz lembrar a mulher de Jó, que diante da dificuldade de seu marido, numa atitude insana, desprovida do conhecimento de Deus aconselha Jó a amaldiçoar Deus e morrer, pois a vida sem riquezas materiais, não vale para ser vivida), que se existe realmente é incapaz de socorrê-lo (Salmos 3:1) - SENHOR, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim. Essa atmosfera de incredulidade despertou a memória do salmista, quando ele costumava liderar a peregrinação em festas (Vs.4). Como procissão até a Casa do Senhor. Este sentimento, esta auto-analise que fazemos de quando em vez desafiado por uma fé borbulhante, o salmista declara a sua tristeza de alma, em não apenas confiar em Deus, mas esperar ativamente a libertação. (Salmos 27:13) - Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do SENHOR na terra dos viventes.

II Da Privação– ler (Vs.6-7)
O salmista reafirmar a depressão de sua alma por estar longe do Rio Jordão, ele foi exilado, A cena que agora se descortina a seu derredor, demonstra seu desalento... Ele lembra a trovoada das cascatas alimentadas pela neve do Monte Hermom, o barulho do redemoinho da época da cheia do Jordão, tudo isso faz um contraste com a realidade que estava vivendo, este som inquietante e constante em sua alma parece paralelo a turbulência espiritual que estava vivendo. Conforme (Jonas 2:3-6) - Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim. E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a ver o teu santo templo. As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça. Eu desci até aos fundamentos dos montes; a terra me encerrou para sempre com os seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó SENHOR meu Deus. Isto nos acontece quando nos afastamos de Deus, na vã afã de viver a vida, viver o momento desesperadamente, pois o amanhã é incerto, e de quando em vez fazemos como o Filho Pródigo, fez na parábola de citada por Jesus, quando em meio às dificuldades ele se lembra do que tinha na casa de seu pai, cai em si e anela a presença paternal. O salmista, levado ao cativeiro, tem saudades de sua vida de comunhão e serviço na Casa do Senhor.

III-A ESPERANÇA – (8-10)

Devemos saber que Deus é o Senhor não só do mundo espiritual, mas também do físico, o salmista sabe que o Senhor faria desaparecer a angustia de sua alma. Como está sua alma Hoje? Em sua perplexidade o salmista lembra-se Daquele que era a rocha de sua segurança: Por que.. Por que...?(9) “Por que sou deixado privado de Teu auxílio Senhor, a ponto de não ter resposta para as repetidas zombarias de meus inimigos? Sinto-me ferido em meus próprios ossos, por que parece não haver solução para minhas angustias em Ti Senhor...



Lições para os nossos Dias

O Salmista reflete em tudo que estava acontecendo em sua vida e volta e faz uma profunda introspecção, conversa com Deus em silêncio, derrama a sua alma diante de Deus, se desnuda, se humilha, pois no seu encontro de almas com Deus ele tem a certeza que Deus é o Senhor dos Exércitos, Ele é que peleja por seus servos arrependidos que correm para a água viva, e água viva tem um significado muito especial para a vida no deserto, pois não se trata de uma água retira de um poço, ou de uma cisterna que pode ser de boa ou má qualidade, mais água viva é aquela que brota da rocha, limpa e cristalina, que sacia a nossa sede e alegra a nossa alma, beber desta água, é saber descansar no Senhor (Lamentações 3:19-26) - Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel. Minha alma certamente disto se lembra, e se abate dentro de mim. Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. - As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR. Finalmente o Salmista depois desse diálogo com Deus nesse arrazoado que o que o Senhor nos chama há fazer (Is. 1,18), o salmista percebe em seu exílio era o momento da oportunidade de crescer diante de Deus e para Deus. Nas nossas lutas diárias, o Senhor nos faz um doce convite, de mergulhar na Sua presença, a lavar os nossos traumas, a nossa baixa auto-estima, as nossas depressões, ansiedades e inquietude Nele, pois a misericórdia Dele dura para sempre e se renova a cada manhã. Meu amado, não sei como está a sua alma neste momento, eu não sei qual é o seu “exílio”, eu não sei o que pode estar te machucando, o que está roubando a sua felicidade e seu prazer pela vida e conseqüentemente no Senhor, mas peço que pare agora! Leve as suas mazelas ao Senhor, conheça a grandeza de um Deus vivo amoroso e compassivo, derrame sua lágrimas diante Dele, e depois dessa conversa você poderá olhar para aquilo que tem te afligido e dizer como o salmista disse: (verso 11) - Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. Deus te abençoe.
Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso – Magé- RJ

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O Homossexualismo e a Igreja

O Homossexualismo e a Igreja
"Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus." (I Coríntios 6:9-10)
Primeiro vamos à definição dos termos: Quem é homossexual, segundo o Dicionário Aurélio, temos a seguinte definição - Relativo à afinidade, atração e/ou comportamento sexuais entre indivíduos do mesmo sexo. Que tem essa afinidade e esse comportamento. O Senhor é contra este tipo de prática, tanto que o mesmo é tratado tanto no Novo Testamento, como no Antigo, (Deuteronômio 23:17-18) - Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao SENHOR teu Deus. Sodomia, ainda segundo Aurélio Conjunção sexual anal, entre homem e mulher, ou entre homossexuais masculinos. O termo abominar significa: Detestar, aborrecer, odiar. O Senhor nosso Deus detesta está pratica e também, vale lembrar que relação sexual entre marido e mulher nestas condições, também é abominação ao Senhor. Mas nosso intuito neste artigo a trazer a tona algo mais profundo, não quero dizer como a Igreja deve fazer caso um casal homossexual desejar casar na Igreja ou como reagir diante da PL 122/06, faço aqui um breve resumo para os irmãos que não conhecem a matéria: O texto do Projeto de Lei PLC 122/2006 aborda as mais variadas manifestações que podem constituir homofobia; para cada modo de discriminação há uma pena específica, que atinge no máximo 5 anos de reclusão. Para os casos de discriminação no interior de estabelecimentos comerciais, os proprietários estão sujeitos à reclusão e suspensão do funcionamento do local em um período de até três meses. Também será considerado crime proibir a livre expressão e manifestação de afetividade de cidadãos homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais.
Sou veemente contra este Projeto de Lei e creio que devemos como evangélicos nos manifestar contra tal matéria. Mas quanto a isto deixo aos nossos colegas juristas que podem orientar a liderança quanto ao mesmo, minha reflexão é: Durante um bom tempo temos errado em não “encarar de frente” este problema, que é bem maior que muitos pensam, no seio da igreja temos homossexuais que carecem da libertação em Cristo Jesus, e que nós temos feito? O Conselho Federal de Psicologia, não caracteriza o homossexualismo como uma doença, mas sim um distúrbio funcional, e por não ser doença, e por ninguém nascer homossexual, entendemos porque Deus abomina tal prática, e quem a prática não herdará o Reino de Deus. Creio que nós como pastores e líderes, médicos da alma com a sabedoria de Deus, temos que buscar Nele o conhecimento para tratar de tal assunto. Fui convidado em uma determinada ocasião para falar sobre sexualidade para jovens e para evitar constrangimento entre os jovens de várias igrejas, foi colocada uma urna onde as pessoas poderiam colocar suas perguntas de forma anônima para serem respondida, e para minha surpresa mais de 80% das perguntas eram sobre homossexualismo, na minha pretensão preparei-me com mais afinco sobre masturbação, sexo antes do casamento, pornografia etc., mas tivemos perguntas como “Gosto de pessoas do mesmo sexo, o que fazer?”, “Descobri que meu (minha) filho (a) é homossexual, o que devo fazer?”, ”Sou líder da Igreja e sou bissexual, o que faço”. Confesso que fiquei estarrecido, pois não esperava que este assunto tivesse na proporção em que se encontra. Devemos nos preparar para está realidade. De maneira nenhuma podemos agir como se o problema não existisse, Deus odeia este pecado, tal qual a mentira, o adultério, a fofoca como vimos em I Co. 6,9-10. Creio que Deus pode curar a alma destas pessoas, não podemos apoiar a prática, contudo devemos olhar com misericórdia quem sofre tal mal, conheço caso de pessoas que até tentaram o suicídio tamanha a culpa que sentem, na maioria dos casos, houve abuso sexual na infância e pasmem na maioria das vezes por parentes próximos, é claro que isto não é desculpa para descambarmos para este lado, mas vejamos com os olhos de Cristo, que não vê uma massa de homossexuais, mais olhar individualmente para cada um, é Ele é poderoso para tratar dessas mazelas, quantas pessoas tem sido oprimidas pelo diabo nestes casos, pois às vezes falta em nós paixão pelas almas perdidas, devemos levar a Palavra do Senhor a estas pessoas, mostrando o pecado e apontando para a solução, o Senhor Jesus disse: (Mateus 9:11-13) - E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. Estes são os doentes de alma necessitam de um pastor de ovelhas que com sabedoria venha libertar estas almas que estão aprisionadas, que tem medo de conversar com seus pastores sobre este assunto, logo estão carentes do aconselhamento pastoral, de serem lavados pela Palavra de Deus e serem livres pela Palavra. Devemos urgentemente abrir um debate sobre este assunto e preparar pastores e lideres para esta mazela que temos enfrentado, não adianta colocar o problema “debaixo do tapete”, não adiantar simplesmente excluir, até porque excluir é uma disciplina a ser aplicado para recuperação do crente. É como colocar o irmão na “UTI espiritual” onde deve haver o tratamento intensivo da alma, antes que ela morra. Bem o debate está aberto vamos dicuti-lo? Devemos lembrar-nos da Palavra do Senhor que diz: (Hebreus 13:17) – “Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” e ainda (I Pedro 5:1-4) - AOS presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória. Que o Senhor nos abençoe.

Pastor Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Como Anda Nosso Cristianismo III

(Romanos 12:1-2) - ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

O apóstolo Paulo faz uma súplica, diz que é necessário, urgente que sejamos transformados por Cristo Jesus e não conformados com o presente século, que está transformação de vida (pensamento e ações), iriam suscitar um ganho incomensurável que é experimentar a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Este alerta se fazia necessário ainda no primeiro século, pois devido a “doce ilusão do pecado” o povo cristão que vivia em Roma, capital do liberalismo hedonista daquela época, estava contaminando a Igreja. Conhecendo um pouco da História do Cristianismo – Através dos tempos, algumas pessoas têm renunciado à vida social em épocas de crise social e se retirado para a solidão a fim de operar sua própria salvação fora da sociedade que julgavam decadentes e arruinadas. No período de gradual decadência interna do Império Romano, o monasticismo exerceu um forte apelo para muitos que renunciaram a sociedade em favor do claustro. Este movimento tem suas origens no século IV, quando leigos em cada vez maior começaram a se ausentar do mundo. Ao final do século VI, o monasticismo tinham fundas raízes na Igreja ocidental e oriental. Um segundo período de grandeza do monasticismo ocorreu por ocasião das reformas monásticas dos séculos X e XI. A era dos frades no século XIII constitui um terceiro período. O surgimento dos jesuítas na Contra-Reforma do século XVI constitui o período final em que o monasticismo atingiu profundamente a Igreja. O movimento exerce até hoje um importante papel na vida da Igreja Católica Romana. As Causas do Monasticismo - Vários fatores contribuíram para o surgimento do monasticismo dentro da Igreja antiga. Um dos fatores mais importante foi a influência filosófica. A doutrina dualista de carne e espírito, com sua tendência a considerar má a carne e bom o espírito, tão característica do Oriente influenciou o Cristianismo através dos movimentos gnósticos e neoplatonista. A saída do mundo pensava-se que ajudava a pessoa a crucificar a carne e desenvolver uma vida espiritual pela meditação e pela ascene. Naquela época os cristãos acreditavam que a única maneira de salvar-se seria afastar-se do mundo, que de certa forma criou as primeiras Escolas (Monastérios) que muito contribui para a História do Cristianismo, porém vale ressaltar que também houve grandes erros, fato que veremos numa próxima matéria. Façamos uma reflexão com base no que já foi dito, o Senhor Jesus no início do Sermão do Monte diz (Mateus 5:13) - Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vamos fazer uma analise deste texto a luz da hermenêutica para extrairmos grandes ensinamentos da palavra do Mestre. O Senhor logo após recitar as “Bem-Aventuranças” nos chama a responsabilidade. Alguns estudantes da Palavra costumam dizer que nós somos sal, devemos dar o tempero a este mundo que jaz no maligno, a dissertativa não está errada, contudo, podemos ser bem mais profundos nesta Palavra do Senhor, lembremo-nos que quando Jesus profere estas palavras seus ouvintes tinham um bom entendimento da função do sal naquela época. Devemos lembrar que não existia geladeira, conservantes etc..., o sal tinha o papel de não fazer o alimento estragar, sem o sal carne do peixe e de outros animais que serviam para alimentação não poderiam ser estocados, pois iriam apodrecer criar bichos, e quem como tal alimento tem sérios problemas de saúde, como infecções intestinais, desidratação entre outros que pode levar a morte. O Senhor Jesus sabia muito bem que seus ouvintes tinham está idéia em mente. Em meio a uma sociedade corrupta em eu os preceitos da Palavra estavam sendo deixadas de lado, onde cada um preocupava-se com si, o individualismo e o pecado era bem notório, o Senhor nos chama para sermos sal, para que através de nosso testemunho e do anuncio da Palavra de Deus os homens não venham a ser perder, na sejam consumidos por “bichos da podridão” que através de nós os homens não sejam contaminados com a doença espiritual que leva a uma conseqüência bem maior que a morte física, a morte espiritual a morte sem a certeza da salvação em Cristo Jesus, a terra é o campo com almas perdidas que carecem ser salgadas, se nós como cristão não assumirmos o nosso papel de propagar a Palavra que liberta o homem deste mundo vil, nosso cristianismo é morto, nossa fé é morta, para nada servimos, pois o mundo clama por Jesus, o mundo vive em crise sem saber a resposta para o questionamento humano, eu poderia resumir em três. Quem Sou? Qual o sentido da vida? Para Onde vou? Não podemos fazer de nossas igrejas pequenos monastérios Devemos sair e anunciar a Santa Palavra de Deus, salgando o mundo e livrando-o da podridão do presente século. Temos sido sal? Nossas Igrejas têm pregado a palavra que nutre o homem e responde seus o questionamento humano? Cristo te chama para ser sal, saiamos dos “saleiros”, da nossa área de conforto e apresentemos à boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Que o Senhor nos ilumine para sermos bênção na vida de cada criatura.

Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Uma Questão de Hermenêutica II

HERMENÊUTICA
Uma Questão de Hermenêutica
O apóstolo João preso na Ilha de Patmos por ordem do Imperador Romano escreve (Apocalipse 3:14-16) - E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Primeiro vamos ver a definição de hermenêutica, “Hermenêutica é a ciência da interpretação. Interpretar é a uma arte, a reunir e conjugar palavras e fatos conexos, coerentes e inteligíveis, com o propósito de explicar as realidades de um texto, em suas diversificações contextuais, históricas, sociais, políticas e religiosas. E sem dúvida, a arte do enriquecimento do saber interpretativo, para o conhecimento bíblico e científico do ser humano contemporâneo, do cristão moderno, que quer saber mais da Palavra de Deus” (Pires, Carlos Alberto, 1941- O que é Hermenêutica?
Como vimos à hermenêutica é uma ciência fundamental para uma boa exege bíblica, e porque na dizer para a sã doutrina, pois através da interpretação correta do texto chegamos de fato a compreender o que o autor sagrado quer transmitir a nós, assim sendo, evitamos erros teológicos que tem ocorrido em meio ao povo de Deus, alguns perderam a capacidade de debruçar sobre o texto bíblico e extrair o que Ele tem para nós, talvez por isso, em alguns púlpitos tem faltado a Palavra que regenera o pecador, alguns pastores e lideres ouvem algo e acham bonito e retransmite aos seus ouvintes sem qualquer estudo aprofundado e assim sendo qualquer ação, não passará de mera pretensão no intuito do esclarecimento e ensino da Palavra, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo já nos alerta (I Tessalonicenses 5:21) - Examinai tudo. Retende o bem. Paulo aqui quando diz “tudo” é tudo que era pregado na Igreja Primitiva, examinando e retendo aquilo que era sã a Doutrina de Cristo. Se não vejamos: Quantos de nós já não ouvimos algum sermão baseado em Apocalipse 3,14-16, citado acima, infelizmente por falta de hermenêutica já ouvimos absurdos na exposição do texto, como por exemplo: Que Deus quer um crente fervoroso, ou uma pessoa descrente, sincera e não um crente que vista uma “capa” (E claro que nenhum crente deve agir assim), mas em sua exposição bíblica falo eu este cristão os “mornos” Deus vomita. Será que o amigo leitor já ouviu isto antes? Agora vamos entender o que João está falando usando a hermenêutica, Bem agora vamos utilizar desta ferramenta eu é a Hermenêutica para entender a mensagem de Cristo para nós hoje: Laodicéia era uma das cidades mais ricas da Ásia Menor, que orgulhosamente recusou a ajuda de Roma quando foi destruída por um terremoto em 60 d.C Distava 160 km de Efeso, e 80 km de Filadélfia, no encontro de três cidades importantes, na cidade havia fontes de água mineral morna e emética (Que provoca vômito). Que o viajante sedento rejeitaria com nojo, nesta cidade havia grandes aquedutos, asa águas quentes de Laodicéia tinha poder medicinal, bem como as frias, seus moradores banhavam-se nestas fontes para tratamento. Fazendo a ponte para os nossos dias, bem sabemos que uma água para chegar quente em nossa torneira é necessário que ela venha de uma fonte de calor e flua rapidamente para sua saída, caso haja algum obstáculo, está água com o passar do tempo ficará morna, de mesma forma a água fria que também vinha pelos aquedutos para as fontes, contudo de o no interior do mesmo houvesse algo que impedisse a passagem da água, a mesma chegara a suas fontes, não mais tão fria como deveria, pois devido o calor da região a água ficaria na temperatura ambiente. Assim é nossa vida hoje, somos templo do Espírito Santo e dentro de nós de fluir rios de água viva, porém o pecado é algo que atrapalha e até impedi o agir de Deus na vida de seu povo, o pecado é como um obstáculo que se colocado nos aquedutos de Laodicéia, impediriam da água fluir diretamente da fonte com a pressão e temperatura correta. O Senhor Jesus vomita, tem verdadeira náusea de pessoas que impedem que o Espírito Santo flua em nossas vidas e abençoe o povo de Deus, vamos hoje, o tempo é agora e retirar de nós tudo aquilo que atrapalha nossa comunhão com o Autor e Consumador da Nossa Fé Cristo Jesus e que cada um de nós sejamos fiéis a Palavra de DEUS e aprendamos a tirar verdadeiros tesouros da Sua Palavra, para nossa meditação:

(João 4:13-14) - Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso

domingo, 7 de junho de 2009

Uma Questão de Hermenêutica

Tenho ouvido durante anos certas discussões e até acaloradas com relação se Judas o Iscariotes participou da Ceia do Senhor ou não, a princípio parece um assunto de pouca relevância, mas não o é, pois se Judas participou do Ceia do Senhor, isso implicará em vários argumentos teológico, inclusive sobre a Salvação. Lembro-me da passagem (Atos 8:30) - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? O diácono Filipe que estava pregando nos arredores da Cidade de Samaria e ouvindo a voz do Senhor de maneira miraculosa aparece no deserto próximo a Jerusalém, para ensinar ao Eunuco, onde faz, a pergunta acima. Dada esta pequena introdução sobre a importância de entender o que se lê, e isto é hermenêutica. Vejamos o que os evangelhos sinóticos falam sobre a instituição da Ceia do Senhor : Em (Mateus 26:20-29)lemos - E, chegada a tarde, assentou-se à mesa com os doze. E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair. E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, SENHOR? E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair.Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido.E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste. E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai. O Senhor antecipa o Sêder, a celebração da páscoa, que era feita em uma ceia para relembrar o povo que saiu do cativeiro do Egito; no começo do texto de Mateus , segundo tradição era único dos doze, uma vez que , Lucas e João Marcos , sendo este último autor do primeiro evangelho, tendo Lucas e Mateus utilizado este evangelho e usando ainda outras fontes “Q”, daí o nome Evangelho Sinótico (Os Evangelhos de S. Mateus, S. Marcos e S. Lucas, assim chamados dada a semelhança de suas versões). Dar-se a entender que Judas estava presente em toda a ceia, mas note, Jesus diz: , até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai – Jesus afirmar que beberia ou estaria em comunhão plena com os apóstolos nos Céus (Parousia), desculpe a ressalva, Jesus é Deus, não mente, não peca, não deixa de cumprir com a Sua Santa Palavra; Porém se Judas participou do momento da Instituição da Ceia do Senhor, ou da Nova Aliança.Podemos ser levados a um terrível erro teológico, “Judas foi Salvo” , pois Cristo havia prometido beber de novo com eles. Em Marcos 14,17-25 - E, chegada a tarde, foi com os doze. E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me. E eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um após outro: Sou eu? E outro disse: Sou eu? Mas ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que põe comigo a mão no prato. Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para o tal homem não haver nascido. E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele. E disse-lhes: Isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que por muitos é derramado. Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus. Em Marcos vemos a mesma afirmação feita em Mateus, e vale também a mesma ressalva, em Lucas 22:14-19 - E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e com ele os doze apóstolos. E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça; Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus. E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus. E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. O médico Lucas podemos nos valer o mesmo entendimento. Um dos princípios hermenêuticos bíblicos é que podemos elucidar um texto aparentemente obscuro com um outro que trata do mesmo assunto de maneira mais clara, por isso, vejamos o Evangelho de João, um dos últimos livros a ser escrito, temos um bom esclarecimento sobre a possível contovérsia, podemos observar em (João 13:1) - ORA, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim. Aconselho aos amigos leitores que leiam todo o capítulo 13 de João para uma boa compreensão do texto; seguindo no capítulo treze chegamos ao clímax da narrativa da ceia e da Instituição da Ceia do Senhor (João 13:18-35) - Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar. Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. Na verdade, na verdade vos digo: Se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair. Então os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele falava. Ora, um de seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava reclinado no seio de Jesus. Então Simão Pedro fez sinal a este, para que perguntasse quem era aquele de quem ele falava. E, inclinando-se ele sobre o peito de Jesus, disse-lhe: Senhor, quem é? Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão. E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa. E nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu a que propósito lhe dissera isto. Porque, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe tinha dito: Compra o que nos é necessário para a festa; ou que desse alguma coisa aos pobres. E, tendo Judas tomado o bocado, saiu logo. E era já noite. Tendo ele, pois, saído, disse Jesus: Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele. Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar. Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora. Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. No texto o Senhor Jesus reunisse com seus discípulos para comemorar a Páscoa, que é uma ceia, diante da palavra de Jesus sobre uma traição, os discípulos ficam sem saber o que estava acontecendo e Pedro pede a João que está próximo a Jesus que pergunte quem o trairia. E o Senhor diz: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão..., feito isto Judas sai para traí-lo, porém os discípulos pensam que ele havia saído para fazer compras para a Páscoa (Sêder), pois este era tesoureiro, após a saída de Judas acontece a última bênção ( irei explicar mais a frente), e da Um Novo Mandamento , ou seja, o Novo Pacto na Sua morte e ressurreição, vejamos : Agora é glorificado o Filho do homem, e Deus é glorificado nele. Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar. Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, mas, como tenho dito aos judeus: Para onde eu vou não podeis vós ir; eu vo-lo digo também agora. Um novo mandamento vos dou..., Judas não está com eles, o mesmo só volta a cena já no Monte das Oliveiras , onde os onze estavam e Judas aparece depois com seus algozes. Esta é uma questão muito importante, pois se Judas o Iscariotes tivesse participado da Ceia do Senhor, das duas uma, ou Judas foi salvo, pois o Senhor disse que beberia de novo com eles do fruto da vide no Reino, ou com o perdão da aplicação, Jesus seria mentiroso, logo não seria Deus. Podemos concluir com os próprios textos bíblicos que Judas não participou da Ceia do Senhor, apenas da primeira parte da ceia pascoal. Devemos nos lembrar como a boa hermenêutica nos ensina ver todo o contexto do fato, Jesus e seus discípulos eram judeus, a páscoa ( uma das mais importantes do calendário) era uma festa judaica e tinha seus ritos, por isso, valho-me da explicação das bênçãos no Sêder:

O Sêder (Ordem) Celebração da Páscoa Judaica
Durante o Sêder, quem conduz a cerimônia deve obedecer a seguinte ordem:
Kadesh - fazer o kidush (benção)
O Sêder começa com o kidush feito sobre um copo de vinho cheio. Cada um dos presentes tem obrigação de beber no decorrer do Sêder quatro copos de vinho, contendo cada um pelo menos 86 mililitros. Estes quatro copos lembram as quatro expressões de salvação mencionadas na Tora (Pentateuco)
“...E vos tirarei do Egito... e vos salvarei da escravidão... e vos redimirei com braço estendido... e vos tomarei para mim como povo...”
Ao terminar de recitar o kidush, cada um dos presentes bebe o primeiro dos quatro copos, reclinando-se sobre o lado esquerdo, como expressão de liberdade..
Urchatz – Lavar as mãos. Lavam-se as mãos como normalmente se faz antes de comer o pão, porém não se fala a berachá (benção). Isto porque o karpás é mergulhado na água salgada, o que exige lavar as mãos antes.
Karpás – Salsão. Mergulha-se um pedacinho de salsão (com menos de 18 g) na água salgada e, antes de comê-lo, recita-se a seguinte bênção (pensando no marór, pois a berachá também é válida para este): Baruch Atá Ad-onai El-ohenu melech haolam borê peri haadamá.
Yachats – Partir a matzá. Na bandeja do Sêder há três matzot. Toma-se a matzá do meio, quebrando-a em duas partes para lembrar o pão da pobreza, que nunca está inteiro. O pedaço menor é recolocado, entre as duas matzot inteiras, na bandeja do Sêder. O pedaço maior é guardado dentro de um guardanapo, sendo escondido. Este pedaço é o aficoman, que será comido no final do Sêder. As crianças costumam procurar o aficoman, ganhando brindes se o encontrarem, como pretexto para deixá-los acordados.
Maguid – Recitação da Hagadá (Livro recitado em Pêssach “Páscoa”). Descobre-se a matzá e começa-se a leitura da Hagadá. Ha lachmá aniá. Este é o pão da pobreza – recita-se até o final do primeiro trecho. Enche-se novamente o copo de vinho e o mais jovem da casa recita, então, as quatro perguntas.
Ma nishtaná – As quatro perguntas. Por que esta noite é diferente de todas as outras noites? Em todas as noites não temos obrigação de mergulhar os alimentos nem uma só vez, enquanto que nesta noite o fazemos duas vezes? Em todas as noites comemos pão com levedura ou matzá, ao passo que esta noite, só matzá? Em todas as noites comemos todo tipo de verduras, enquanto que esta noite comemos marór - ervas amargas? Em todas as noites comemos sentados, enquanto que esta noite todos nos reclinamos? A resposta começa com Avadim hainu – escravos fomos – e faz-se uma narrativa histórica, falando sobre a escravidão e os sofrimentos dos judeus no Egito. Conta-se sobre as pragas e sobre os milagres realizados por Deus para a redenção de seu povo.
A terminar o texto da Hagadá com a bênção Asher guealanu, bebe-se o segundo copo de vinho, reclinando-se sobre o lado esquerdo, sem dizer a berachá.
Rochtsá – Lavagem das mãos. Antes do Hamotsi (bênção do pão) lavam-se as mãos para a refeição, recitando a seguinte bênção: Baruch Atá Ad-onai El-ohenu melech haolam asher kideshanu bemitsvotav vetsivanu al netilat yadaim.
Motsi Matzá – Bênção da matzá. Segurando as três matzot (as duas inteiras e a quebrada), recita-se a bênção do pão (Hamotsi): Baruch Atá Ad-onai El-ohenu melech haolam hamotsi lechem min haaretz.
Imediatamente solta-se a matzá inferior e, segurando a matzá superior e a do meio, diz-se: Baruch Atá Ad-onai El-ohenu melech haolam asher kideshanu bemitsvotav .
Daí podemos concluir que na última bênção , o qual o Senhor acaba com esta Lei Cerimonial, Ele faz a Nova Aliança no Seu Corpo e Sangue, e os discípulos comem aí a Ceia do Senhor em Memória a Ele até que todos nós lavados não por água mas pelo poderoso Sangue de Jesus tenhamos comunhão eterna com Ele nos céus. Ao Senhor toda Honra, Glória e Louvor, pelo séculos dos séculos. Amém.

Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso
Professor do Seminário Teológico Batista Fluminense- campus Mageense
e do Seminário Bíblico Batista do Rio de Janeiro.

COMO ANDA O NOSSO CRISTIANISMO - PARTE II

O Apóstolo Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo disse: - MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; (Timóteo 4,1-2)

Meus amados irmãos Senhor Deus inspirou o apóstolo Paulo a escrever está epístola que é de grande valia para nós, quanto mais nos dias de hoje em que vivemos uma sociedade pós-moderna que em alguns sociólogos já chamam de hiper-moderna.

Vale lembrar, o Cristianismo Evangélico enfrentou crescentes ataques durante o fim do século XIX e a primeira metade do século XX. O Cristianismo foi desafiado em suas idéias da natureza universal e permanente, o Deus absoluto conhecido através da revelação proposicional, da revelação inerrante inspirada pelo Espírito Santo e da revelação histórica concernente a Cristo, foram negadas em favor de uma abordagem subjetiva, imanentais e humanista do evangelho. A Natureza da Igreja, a inspiração e a inerrância bíblicas, os atributos do Espírito Santo na Igreja, e a escatologia são as principais figuras nas disputas teológicas neste período. O Liberalismo havia assumido o controle dos principais seminários e púlpitos. Com o advento das duas Grandes Guerras vemos o surgimento da Teologia da Crise ou Neo-Ortodoxia, que dominou o cenário teológico entre 1930 e 1950, mas começou a decair nos anos sessenta tornando-se mais subjetiva e existencial com os escritos de Tillich e Bultmann, somemos a isto os problemas enfrentados pela Igreja com o movimento ecumênico, que desejava reunir a Cristandade, que em alguns casos sacrificavam a sã teologia a favor de uma união estrutural sob o mínimo denominador comum, daí temos a teologia de fundo marxista, a teologia da libertação, observamos a salvação sociológica através das pessoas no tempo, ao invés daquela pelo Deus eterno através de Cristo Jesus, veio a tornar-se moda. Daí talvez venha, para este tempo de pós-modernidade um busca pelo antropocentrismo e hedonismo, tiramos Deus do centro de nossos Cultos, de nossas vidas e colocamos Deus na parede, hoje Jesus, para alguns, não é mais o Senhor de fato, mas um servo que tem que nos servir ou não é Deus.

A salvação eterna, o kerigma foi deixado de lado por uma cultura do "bem-estar", "Para de sofre", "Você tem direito", "Deus, se é Deus de verdade tem que fazer", isto me faz recordar o que o Senhor Jesus diz (Mateus 16:26) - Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?

Alguns cristãos têm buscado a "salvação" efêmera em lugar da eterna. Quantos cristãos têm sido iludidos, estão ouvindo espíritos enganadores, falsas doutrinas e estão ficando com a sua mente cauterizada pela "eisegese" (colocar no texto o que o mesmo não diz) de alguns "pastores e bispos". Os tempos estão difíceis, mas este o momento, está é a oportunidade de resgartamos o verdadeiro evangelho e tirar mitos irmão do erro, faço aqui a transcrição do texto retirado do site.

O que é a Fogueira Santa de Israel?

Todos os anos, na Igreja Universal do Reino de Deus, é realizada a Fogueira Santa de Israel. Uma campanha em que os pedidos de pessoas do mundo todo são levados a Israel por vários bispos e pastores, para que as promessas de Deus venham se cumprida na vida delas. É evidente que se alguém deseja conquistar algo demasiadamente grande em sua vida, tem que haver sacrifício. Ora, assim é com qualquer pessoa que, por exemplo, deseja se formar. Ela vai sacrificar várias horas de lazer e passeios para se dedicar aos estudos e, assim, atingir o seu objetivo. Quando a pessoa se revolta contra a situação de fracasso em que ela esta vivendo e está disposta a sacrificar para mudar a sua situação, então Deus é com esta pessoa para vencer todos os seus problemas. Vemos então, na Fogueira Santa de Israel, uma oportunidade para aqueles que estão revoltados e não aceitam ver a sua vida destruída. Em outro do mesmo texto do mesmo jornal vemos o seguinte "Como podemos aceitar servirmos a um Deus tão grande e poderoso e viver uma vida derrotada? Foi o que Abraão disse para Deus: "(...) a mim não me tens dado filhos; eis que um servo nascido na minha casa será o meu herdeiro" (Gênesis 15.3)." Isto é eisege é texto sem contexto. O Senhor Jesus diz (João 16:33) – "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." E ainda lemos na Palavra (Atos 14:22) - Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus. (Romanos 5:3) - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, Poderíamos citar tantos outros textos, mas deixemos estes. Meus amados pastores e líderes, servos em Cristo Jesus, não podemos ficar calados e inércia de alguns tem dado ocasião grande dificuldades nas Igrejas, nosso povo está sendo massacrado diariamente pelas rádios e televisão com este tipo de Teologia, isto tem sido a causa, de certa forma de transtornos emocionais, dúvidas e inquietações. Procuremos a cada dia ensinar o povo o verdadeiro Evangelho de Cristo. A buscarmos coisas eternas no lugar das perenes, voltemos ao princípio da Palavra de Deus. E que o Senhor nos dê sabedoria para tanto.

Pr.Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso – Magé- RJ
Professor do Seminário Teológico Batista Fluminense – Campus Mageense
Professor do Seminário Bíblico Batista do Rio de Janeiro

COMO ANDA O NOSSO CRISTIANISMO - PARTE I

Tenho observado há muito tempo os acontecimentos no "mundo evangélico" e nunca me manifestei, confesso o meu pecado em ser passivo diante das coisas que vem acontecendo, tenho andando assustado, embora não devesse, pois Jesus já havia
nos alertado no sermão "Profético" relatado por Mateus no capítulo vinte e quatro.

Não consigo entender o evangelho que alguns andam pregando hoje,lembro-me do apóstolo Paulo escrevendo ao povo de Gálatas (Gálatas 1:6) - Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; Temos vivido de uma forma geral um Cristianismo sem Cristo, estamos voltado ao tempo da Igreja Católica Antiga entre 313 e 590 d.C,onde a invasão e a influência dos Bárbaros, trouxeram para a Igreja a veneração
de anjos, santos, relíquias e etc..., hoje vemos pessoas sendo engodada, e por isso, passam pelas "Grutas dos Milagres", compram a sua "Toalhinha Ungida",Lançam "Sua fé no Altar, através das Fogueiras Santas". Estamos vivendo num mundo hedonista, o que não é novidade; a questão é queremos este tipo do cristianismo? Infelizmente alguns líderes, como no passado, estão pregando um evangelho "conforme a cliente" esquecendo-se que o evangelho é o poder de Deus para a salvação dos perdidos, e aqui digo perdido espiritualmente e não financeiramente como algumas igrejas pensam. Elas tornaram-se um verdadeiro fast-food. Tem faltado em alguns em nós o compromisso com a Palavra e com o Senhor da Palavra. O "politicamente correto", tem dado lugar permissão e a decadência espiritual que temos passado talvez isto ocorra por que nós pastores e igrejas têm enviado para os nossos seminários jovens totalmente sem preparo, sem vida com Deus, sem compromisso e sem chamado. Há sim um problema muito sério no ensino Teológico, temos ensinado a "letra" e esquecido da alma, da verdadeira experiência Cristã, mostrar o Deus totalmente outro, como dizia Kant, em nome do "politicamente correto" não temos pregado em nossos púlpitos os alertas para os falsos profetas e mestres que o nosso Senhor Jesus, nos ensinou no sermão profético, estamos criando crentes doentes de alma no seio da igreja,crentes que freqüentam nossas igrejas aos domingos, contudo, durante a semana correm atrás de profecias e visões em qualquer porta que está aberta dizendo “Venha e seu problema será solucionado”, alguns de nós temos deixado os lobos muito próximo de nossas ovelhas, basta olhar para trás e vermos com a história o fim destas coisas, olhe-mos para Leão I (400-461), Gregório I (540-604) que queriam a primazia do Bispo de Roma, como o "Mais igual entre os iguais" e na sede pelo poder na vaidade foram os precursores da cisão na Igreja. É urgente que voltemos ao ideal da reforma protestante, voltemos simplicidade de Cristo e de seu Evangelho, precisamos marchar e avançar e proclamar Cristo Jesus. Que nos nossos púlpitos as mensagens voltem a ser cristocêntrica, lembrar que pastor é aquele que alimenta o rebanho de Cristo, que protege as ovelhas do lobo e não um animador de auditório, quando no domingo nos juntamos falamos rapidamente sobre a Obra de Cristo e utilizamos 80% do tempo contado piadas e "estórias” para sermos simpáticos a igreja e descontraí-la. Bem quanto a mim, sou falho e pecador, careço da misericórdia de Cristo, mas irei prosseguir como muitos outros a pregar a Palavra doa a quem doer, pois o sermão é para acomodar os incomados e incomodar os acomodados.

Que Deus nos abençoe.



Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso – Magé – RJ
Professor do Seminário Teológico Batista de Fluminense – Campus Mageense
Professor do Seminário Bíblico Batista do Rio de Janeiro