sexta-feira, 26 de junho de 2009

SAINDO DA ZONA DE CONFORTO


E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. (Mateus14,29)

Ao nos lermos o texto de Mateus capitulo 14-23-33, tirar algumas pérolas para a nossa vida diária, mas antes devemos entender o contexto em que a narrativa bíblica acontece. O Senhor Jesus havia acabado de suprir a fome espiritual e material de milhares de pessoas, por isso, como de costume ele se ausenta, precisa de um momento de silêncio, longe de tudo e de todos para se dedicar a oração e sobe ao monte à manda seus discípulos atravessarem para outra margem do Mar da Galiléia, ali ele tem um contato mais pessoal com as pessoas (ver VS. 22, antes de subir o monte para sua oração, e o fato de Jesus subir o monte, não há nada místico ou algum ensinamento com relação a “subir monte” para orar, era simplesmente a maneira com a qual Jesus poderia ter uma conversa intima com o Pai sem ser procurado, o nosso “monte” pode ser a Igreja, um quarto, um carro, nosso monte é qualquer lugar onde podemos ficar ligado intimamente com Deus, sem telefone para atrapalhar nossa intimidade, sem campainhas ou qualquer outra coisa que nos roube a atenção. Dada estas palavras introdutórias vejamos o que o Senhor tem para nós nesta bela passagem, a hora seria entre Três e seis da manhã (quarta vigília), o barco já está bem distante da margem, um vento forte e contrário bate violentamente contra o barco onde se encontra os discípulos, as ondas arremessam o barco de um lado para outro, de repente eles vêem um vulto findo sua direção, como medo se deixam levar pela fantasia, ou pelo pensamento da época e acham que é um fantasma que vem em sua direção, e como medo, tomados de pavor, não pela tempestade, pois eram pescadores e estavam acostumados com ela, mas pelo o inusitado de um homem que vem em sua direção andando sobre as águas, gritam de pavor, mas Jesus em sua doce vós fala Tende bom ânimo, sou eu, não temais. Jesus utiliza a mesma palavra usada em Êxodo 3:14, esta frade representa a divindade de Cristo. Pedro pede para ir ter com ele se realmente ela o Cristo e o Senhor o chama, mas devido ao medo ele começa a afundar nas águas e clama por Jesus que prontamente lhe estende a mão e lhe questiona sobre a fé, logo ambos entram no barco e a tempestade cessa e ficam todos pasmos e adoram ao Senhor e dizem: És verdadeiramente o Filho de Deus.
LIÇÕES PARA OOS NOSSOS DIAS:

I- NOSSA ZONA DE CONFORTO - Alguns sabem que o melhor lugar para se estar durante uma tempestade no mar e dentro de um barco e não fora dele nas águas, onde a correnteza pode nos tragar, o barco é nossa área de conforto, é o local onde muito de nós jamais queremos sair, temos medo de nos arriscar, temos medo de nos machucar, muito de nós ficamos conformados com a situação em que vivemos e até dizemos que isso é da vontade de Deus, eu creio que tudo que acontece é da permissão de Deus, mas também creio que muita coisa Deus permite que aconteça para o nosso crescimento espiritual e muitas das vezes não percebemos isso e deixamos de aprender no momento de dificuldade, onde o Senhor que derramar sobre nós bênçãos sem medida, quer forjar a nossa fé, quer transformar com em tatás vezes na história aconteceu, maldição em bênção, mas ficamos apavorados, petrificados e acomodados.

II- NÃO FAÇAMOS NADA SEM CUNSULTAR A DEUS – Pedro é um homem de fé, em meio a dificuldades ele sai de sua zona de conforto para ser confortado por Deus, ele sai do barco, assim como Deus às vezes nos chama para sairmos do conforto de nossas Igrejas para encontrar com ele lá fora, onde vidas estão sendo ceifadas por que faltam pessoas disponíveis para o trabalho que o Senhor nos convocou. Contudo, eu vejo aqui Pedro como um homem prudente e cheio de temor do Senhor, ele não daí do barco sem antes consultar a Deus “E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.” Só depois de ouvir o VEM! De Jesus ele vai, algumas vezes queremos fazer algo para Jesus, mas sem Jesus, e isto é um erro gravíssimo, pois como na parábola da videira nós somos apenas os ramos, sem Ele nada podemos fazer, devemos sair de nossa zona de conforto, mas precisamos ouvir o “VEM!” de Jesus, mas incorramos no mesmo erro de Saul que achando que poderia fazer sacrifício sem a autorização do Senhor conforme a narrativa de I Samuel capítulo 13.

III- ZONA DE CONFORTO - Pedro alheio a todo o pavor aos gritos de seus colegas ele houve a voz de Deus e vai ao encontro do Senhor, contudo as dificuldades do percurso o fazem desanimar na fé e acabam afundando, meus amigos leitores, quantas vezes nós não somos iguais a Pedro, começamos bem a obra, contudo devido aos “ventos” contrários ficamos desanimados e afundamos nos sonhos que Deus tem para nós, desistimos durante a peleja, nossa fé de esmorece, até temos a boa intenção de sair da nossa “zona de conforto”, mas damos ouvidos as pessoas que não querem ver a obra de Deus indo avante e damos, mas créditos a eles do que ao próprio Senhor, na experiência de Pedro, vejo neste momento de aflição, neste momento de crise ele clama o nome que é sobre todos os nomes, ele clama por Jesus e de imediato estende a sua mão nos ergue. Neste ponto não vejo Jesus repreendendo a Pedro, mas o pastoreando dizendo: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” Aqui faço a seguinte leitura até porque os verbos utilizados no Grego Koine (Grego da época dos escritos) me permitem fazer esta exegese, è como se o Senhor estivesse falando” Pedro você estava indo tão bem, ao contrário dos outros você ouviu a minha voz saiu do barco (Zona de Conforto) estava caminhando bem, estava vindo ao meu encontro, mas se deixou levar pelas circunstâncias, ora Pedro não duvide e, faço mais uma paráfrase nada pode mudar ou abalar a minha fé em Cristo, em trilhar o caminho até Ele.
CONCLUSÃO – Meus amados leitores saiam da nossa área de conforto, ouçamos o chamado de Jesus, não importe com as circunstâncias, continue andando ao encontro do Senhor, pois Ele é verdadeiramente o próprio Deus.
Que o Senhor nos abençoe.

Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso – Magé – RJ

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