segunda-feira, 15 de junho de 2009

DA ANSIEDADE A ESPERANÇA

O Salmo42 ao contrário dos primeiros que foram escritos por Davi, este escritos pelos Filhos de Core, traz um tema de profunda tristeza do salmista provocada pela exclusão, do Templo que simbolizava naquela época a presença visível de Deus, às vezes nos sentimos como o salmista, tristes achando que Deus está distante, ou que Ele não se importa conosco, senão vejamos o quadro que o salmista nos apresenta:

I- Anseio –

É o quadro de uma tímida corça que suspira audivelmente (bramar – gritar desesperadamente) da sede extrema (Joel 1:18-20) - Como geme o animal! As manadas de gados estão confusas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão perecendo. A ti, ó SENHOR, clamo, porque o fogo consumiu os pastos do deserto, e a chama abrasou todas as árvores do campo. Também todos os animais do campo bramam a ti; porque as correntes de água se secaram, e o fogo consumiu os pastos do deserto. Vividamente expressa o senso intenso e desejo e necessidade do salmista. Seu desejo é aproximar-se do Deus vivo, que é a fonte da água viva (Jeremias 2:13) - Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas. Ele relembra o tempo em que subia ao Santuário, pois como levita ele conduzia o povo, ele tem anseio pela comunhão com o próprio Deus (por favor, leia os versos 3-4) Esse desejo é evidente devido à perda de apetite e ás lagrimas freqüentes. Elas intensificada pela observação cética de outros homens, os seus inimigos ou companheiro, nos quais na maré dos acontecimentos a vicissitudes da vida provocou a perda da fé; ou talvez seus novos conhecidos do exílio (para nós hoje o exílio babilônica representa o que mundo nos oferece fazendo-nos tornar escravos do pecado) que simpatizavam com a sua perda, mas lamentavam o pelo fato dele confiar em Deus (Isto nos faz lembrar a mulher de Jó, que diante da dificuldade de seu marido, numa atitude insana, desprovida do conhecimento de Deus aconselha Jó a amaldiçoar Deus e morrer, pois a vida sem riquezas materiais, não vale para ser vivida), que se existe realmente é incapaz de socorrê-lo (Salmos 3:1) - SENHOR, como se têm multiplicado os meus adversários! São muitos os que se levantam contra mim. Essa atmosfera de incredulidade despertou a memória do salmista, quando ele costumava liderar a peregrinação em festas (Vs.4). Como procissão até a Casa do Senhor. Este sentimento, esta auto-analise que fazemos de quando em vez desafiado por uma fé borbulhante, o salmista declara a sua tristeza de alma, em não apenas confiar em Deus, mas esperar ativamente a libertação. (Salmos 27:13) - Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a bondade do SENHOR na terra dos viventes.

II Da Privação– ler (Vs.6-7)
O salmista reafirmar a depressão de sua alma por estar longe do Rio Jordão, ele foi exilado, A cena que agora se descortina a seu derredor, demonstra seu desalento... Ele lembra a trovoada das cascatas alimentadas pela neve do Monte Hermom, o barulho do redemoinho da época da cheia do Jordão, tudo isso faz um contraste com a realidade que estava vivendo, este som inquietante e constante em sua alma parece paralelo a turbulência espiritual que estava vivendo. Conforme (Jonas 2:3-6) - Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim. E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a ver o teu santo templo. As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça. Eu desci até aos fundamentos dos montes; a terra me encerrou para sempre com os seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó SENHOR meu Deus. Isto nos acontece quando nos afastamos de Deus, na vã afã de viver a vida, viver o momento desesperadamente, pois o amanhã é incerto, e de quando em vez fazemos como o Filho Pródigo, fez na parábola de citada por Jesus, quando em meio às dificuldades ele se lembra do que tinha na casa de seu pai, cai em si e anela a presença paternal. O salmista, levado ao cativeiro, tem saudades de sua vida de comunhão e serviço na Casa do Senhor.

III-A ESPERANÇA – (8-10)

Devemos saber que Deus é o Senhor não só do mundo espiritual, mas também do físico, o salmista sabe que o Senhor faria desaparecer a angustia de sua alma. Como está sua alma Hoje? Em sua perplexidade o salmista lembra-se Daquele que era a rocha de sua segurança: Por que.. Por que...?(9) “Por que sou deixado privado de Teu auxílio Senhor, a ponto de não ter resposta para as repetidas zombarias de meus inimigos? Sinto-me ferido em meus próprios ossos, por que parece não haver solução para minhas angustias em Ti Senhor...



Lições para os nossos Dias

O Salmista reflete em tudo que estava acontecendo em sua vida e volta e faz uma profunda introspecção, conversa com Deus em silêncio, derrama a sua alma diante de Deus, se desnuda, se humilha, pois no seu encontro de almas com Deus ele tem a certeza que Deus é o Senhor dos Exércitos, Ele é que peleja por seus servos arrependidos que correm para a água viva, e água viva tem um significado muito especial para a vida no deserto, pois não se trata de uma água retira de um poço, ou de uma cisterna que pode ser de boa ou má qualidade, mais água viva é aquela que brota da rocha, limpa e cristalina, que sacia a nossa sede e alegra a nossa alma, beber desta água, é saber descansar no Senhor (Lamentações 3:19-26) - Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel. Minha alma certamente disto se lembra, e se abate dentro de mim. Disto me recordarei na minha mente; por isso esperarei. - As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR. Finalmente o Salmista depois desse diálogo com Deus nesse arrazoado que o que o Senhor nos chama há fazer (Is. 1,18), o salmista percebe em seu exílio era o momento da oportunidade de crescer diante de Deus e para Deus. Nas nossas lutas diárias, o Senhor nos faz um doce convite, de mergulhar na Sua presença, a lavar os nossos traumas, a nossa baixa auto-estima, as nossas depressões, ansiedades e inquietude Nele, pois a misericórdia Dele dura para sempre e se renova a cada manhã. Meu amado, não sei como está a sua alma neste momento, eu não sei qual é o seu “exílio”, eu não sei o que pode estar te machucando, o que está roubando a sua felicidade e seu prazer pela vida e conseqüentemente no Senhor, mas peço que pare agora! Leve as suas mazelas ao Senhor, conheça a grandeza de um Deus vivo amoroso e compassivo, derrame sua lágrimas diante Dele, e depois dessa conversa você poderá olhar para aquilo que tem te afligido e dizer como o salmista disse: (verso 11) - Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. Deus te abençoe.
Pr. Celmir Guilherme Moreira Ribeiro
Pastor da Primeira Igreja Batista em Fragoso – Magé- RJ

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